Cerca de 15 assistidos procuram mensalmente a Defensoria Pública do Estado (DPE-RO),em Porto Velho, para conseguirem a internação compulsória em clínica especializada para tratamento de algum membro da família com dependência química, em especial o crack. Em virtude de o Estado não oferecer clínica especializada para internação, os pacientes são enviados para outros estados por meio de decisão judicial.
Esse tipo de internação, segundo o coordenador do Núcleo da Cidadania, defensor público Sérgio Muniz, é disponibilizada para aquela pessoa que está em surto, que não tem mais controle sobre seus atos. O defensor público explicou que é preciso, no entanto, apresentar o laudo médico para que a Defensoria Pública possa interferir judicialmente no caso.
“Os pais nos procuram após chegarem ao limite máximo da tolerância”, observou, acrescentando “que eles se cansam de ser ameaçados pelo filho, que muitas vezes, em momento de surto, chega a espancá-los para conseguir dinheiro para adquirir drogas”, observou o defensor público.
De acordo com ele, a clínica de internação compulsória para dependentes químicos precisa ter estrutura física adequada para que o paciente obtenha êxito no tratamento e consiga sair da crise, passando posteriormente a fazer o tratamento em casa, junto aos familiares.