Semusa realiza trabalho de prevenção e alerta população sobre a dengue
Foto: Divulgação
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Com a volta do período chuvoso na cidade de Porto Velho, cresce a preocupação com novos surtos de dengue, pois a água da chuva acumulada em locais indevidos pode servir como criadouro do mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus da doença aos seres humanos. Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), está tomando medidas preventivas para evitar possíveis surtos de dengue.


Após a realização do LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti), que permite um diagnóstico situacional ágil a fim de direcionar ações de controle e educação em saúde, constatou-se que no mês de outubro a região urbana de Porto Velho alcançou índice de infestação predial de 4,3%, o que configura risco de epidemia da dengue. O resultado é bem superior ao período de seca em junho desse ano, quando o mesmo índice apontou apenas 2,7%. As regiões mais propensas a possíveis surtos de dengue são o extremo leste da cidade, nos bairros Ronaldo Aragão, Ulisses Guimarães, Marcos Freire e Cidade Jardim e parte da zona norte, compreendendo bairros como Aponiã, Nova Esperança e Industrial.
Segundo Rosenilton Neves, diretor do CCZ, aproximadamente 40 agentes de endemias já estão desenvolvendo atividades de tratamento e eliminação dos focos do mosquito causador da dengue diariamente. “Cada agente de endemia visita em média 25 imóveis por dia, o objetivo é tirar Porto Velho do estado eminente de surto a fim de evitar o risco epidêmico em que se encontra”, frisou o diretor.
O plano de ação de controle do vetor consiste em aplicar larvicida casa a casa nos bairros críticos, trata-se de um composto que elimina as larvas do Aedes aegypti privando-as do oxigênio presente na água. Esse procedimento não é nocivo aos seres humanos e mantém a água reutilizável. Após isso, o trabalho prossegue com aplicação de inseticida espacial UBV, que combate o mosquito por meio de gotículas microscópicas do composto suspensas no ar.
Contudo, o método principal de combate à dengue continua sendo a prevenção. De acordo com resultados obtidos no LIRAa do mês de outubro, o lixo doméstico mal condicionado foi apontado como o maior responsável pelo acúmulo de água parada, representando quase 33% do total de criadouros.
Para o secretário municipal de saúde, Domingos Sávio, a conscientização da população é primordial para ajudar na eliminação dos focos da dengue. “Cada pequeno gesto pode ajudar na eliminação dos focos de dengue. A população de Porto Velho deve estar atenta à destinação correta do lixo, pois qualquer lata, garrafa ou até mesmo restos de cascas de ovo podem servir como reservatório de água para as larvas do mosquito. A Semusa desenvolve seu papel, mas só em conjunto com o engajamento da comunidade é que o trabalho de prevenção se torna eficaz”, destacou o secretário.
O maior registro da dengue nos últimos anos aconteceu em 2010, com 3.692 casos no mês de janeiro. Em 2013 o mês de maior incidência também foi janeiro, porém com um número não tão expressivo de 477 ocorrências da doença.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!