Em carta, Fernando da Gata diz que “Hermínio não é santo”
Foto: Divulgação
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Da cadeia, o acusado de ser líder de um dos maiores esquemas desarticulados em Rondônia disse que ficou no meio de uma briga de poderes, que não é narcotraficante, como afirma a polícia, e que o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia deve mais do que as autoridades sabem.
Fernando Braga Serrão, o Fernando da Gata, iniciou mais um capítulo da Operação Apocalipse, que foi deflagrada pela Polícia Civil de Rondônia em julhos deste ano, e que culminou na prisão de várias autoridades políticas, entre vereadores da capital, Porto Velho, bem como envolvendo Deputados Estaduais, inclusive o Presidente da Assembleia Legislativa, Hermínio Coelho (PSD).
Da Gata escreveu uma carta de dentro do presídio onde permanece até hoje, tecendo duras críticas contra Hermínio Coelho, dando a entender que ele detém informações que possam levar as autoridades policiais a investigar novamente o líder dos parlamentares de Rondônia.
Em um trecho da carta escrita por ele diz: “Quero que o Deputado Hermínio me desafie a provar que ele não é santo e nem honesto, se ele tiver coragem, já que disse uma vez que renunciaria o mandato”.
Os ataques de Fernando Da Gata ao deputado estadual se deram, segundo o material que escreveu, porque Hermínio teria lhe atacado em discurso, dizendo que ele mesmo (Fernando) era bandido e traficante, garantindo que não tinha nenhuma relação com Da Gata.
Durante o texto que escreveu Fernando Da Gata não faz nenhuma menção ao Governador Confúcio Moura (PMDB) que reforce o que disse à polícia quando fora preso, de que o chefe do executivo estadual era líder de qualquer quadrilha criminosa. O que ele fez questão de dizer é que existe uma verdadeira “guerra institucional” travada entre os poderes executivo e legislativo do estado de Rondônia.
Fernando contou, ainda, que somente a Polícia Federal (que investiga parte das acusações) está fazendo um trabalho neutro e imparcial. Ele creditou à Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (SESDEC) o trabalho de buscar provas, junto a ele mesmo, de acordo com o texto que escreveu, contra o deputado Hermínio Coelho, a mando de Confúcio Moura.
Já ao Ministério Público (MP) de Rondônia, Da Gata garante que cabe ao órgão buscar informações que possam complicar a vida do Governador Confúcio Moura, segundo o próprio Fernando da Gata, sob as ordens do deputado Hermínio Coelho.
“Tanto é verdade o que afirmo que me isolaram (ele não explica quem) para que eu não pudesse delatar e provar contra qualquer um dos lados tudo o que eu viesse a dizer”, diz em um trecho do texto. Fernando termina o material deixando claro que sabe de muita coisa, principalmente contra Hermínio Coelho, e diz que vai provar sua inocência, e devolver a dignidade à sua família.
Fernando Da Gata foi preso no dia 4 de julho de 2013, no apartamento onde morava com a mulher e os filhos, em Natal (RN). A Polícia Civil de Rondônia deflagrou no dia 4 de julho a Operação Apocalipse, que investigou um esquema de estelionato, tráfico de drogas e falsificação de documentos que movimentou R$ 80 milhões em nove estados.
Só em Rondônia, a quadrilha movimentou R$ 33 milhões. Entre os bens do grupo estão 200 carros, 25 imóveis e 30 empresas. Durante a investigação Fernando Da Gata foi acusado de ser um dos principais líderes da quadrilha. (informações do Extra de Rondônia)
Veja abaixo a carta enviada a população do estado de Rondônia, datada de 11 de outubro de 2013.
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