Secretária da Sejus mantém ativos servidores contratados com documentos falsos

Mesmo com apontamento da gravidade da situação dos 17 socioeducadores que estão sob suspeição por apresentar documentação falsa, eles continuam exercendo normalmente suas atividades, sendo que deveriam ser afastado imediatamente.

Secretária da Sejus mantém ativos servidores contratados com documentos falsos

Foto: Divulgação

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Três meses após ser informada pelo Núcleo de Inteligência do Sistema Penitenciário (Nisp/Sejus), a titular da Secretaria de Estado de Justiça de Rondônia (Sejus), Elizete Gonçalvez Lima, ainda mantém no quadro de pessoal 17 socioeducadores emergenciais acusados de apresentarem históricos escolares e certificados de conclusão do ensino médio falsos.

Elizete Gonçalvez Lima, titular da SEJUS.
O resultado da investigação foi entregue à secretária no dia 13 de junho, acompanhado da lista dos 133 nomes, cujos documentos escolares tiveram a autenticidade comprovada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), conforme Ofício n. 2658/2013-GAB/SEDUC, assinado pela secretária Isabel Luz. Contudo, não foram encontrados informações nos arquivos das secretarias das escolas que comprovem a veracidade do diploma e histórico escolar dos 17 emergenciais, apresentados por ocasião do processo seletivo simplificado da Sejus que ofereceu 150 vagas.

Curiosamente, Elizete desativou o Núcleo de Inteligência do Sistema Penitenciário (NISP) ao relotar os agentes penitenciários que realizavam esse trabalho. Pressionada, a Sejus divulgou nota em seu portal eletrônico negando que a desativação tenha ligação direta com os indícios de falsidade. Defendeu ainda que o setor passa por um processo de normatização e por essa razão foi necessária a transferência “provisória” dos servidores para reforçar o efetivo em outras unidades do sistema.

Segundo a Sejus, foi instaurada uma sindicância administrativa disciplinar, por meio da Portaria n. 536/2013/GAB, de 23 de julho de 2013, publicada em 31 de julho de 2013, para apurar as suspeitas sobre os documentos escolares.

Porém, vale ressaltar, que mesmo com apontamento da gravidade da situação dos 17 socioeducadores que estão sob suspeição por apresentar documentação falsa, eles continuam exercendo normalmente suas atividades, sendo que deveriam ser afastado imediatamente.

Agentes ameaçados


Há mais de um mês, uma onda de violência contra os agentes penitenciários vem assobrando a categoria. A morte do agente Luiz Mondego foi seguido de casos de espancamento, troca de tiros e ameaças envolvendo familiares de agentes.

De acordo com alguns servidores entrevistados, que preferiram não se identificar por temer represálias, a destituição do NISP tem sido um ponto negativo, pois a unidade identificava com antecedência possíveis ameaças a servidores.

Segundo informações, pelo menos sete agentes estariam em uma lista marcados para morrer. O sindicato da categoria, o Singeperon, pediu providências à OAB/RO e em diversos órgãos, propondo uma força-tarefa para proteger a classe.

 

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