Os fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Rondônia, que atuam na capital, participaram nesta semana, no auditório do Conselho, em Porto Velho, da palestra com o tema “Controle Microbiológico: Higienização de dutos”, ministrado pelo sócio-administrador, Henrique Gaio, da empresa SuperSan, especializada no controle microbiológico de ambientes fechados e busca com a proliferação de ácaros, bactérias e fungos.
A palestra foi oferecida aos técnicos do Conselho e teve como objetivo levar os esclarecimentos sobre a higienização de dutos, que é um processo obrigatório e que tem a portaria federal de nº 3523 e a resolução que ampara este serviço. "Sabemos que em nossa região, este tipo de fiscalização ainda é bastante precária. E esta palestra é exatamente importante para que os fiscais possam oferecer esclarecimentos mais efetivos no controle da qualidade do ar em ambientes fechados. A estrutura de climatização também é um projeto de engenharia e compete ao Crea a fiscalização ", ressaltou Henrique.
Henrique explica que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que cerca de um bilhão de dólares são gastos ao ano, com problemas respiratórios no mundo. Outro dado muito importante citado na palestra é que 60% dos prédios do mundo já estão doentes. "Esses edifícios que compete ao Crea, os projetos, a fiscalização de obras, tem a relevância da estrutura de dutos, que é também um projeto de engenharia", finalizou Gaio.
Fiscalização
O Crea-RO está intensificando a fiscalização dos empreendimentos que possuem centrais de ar condicionado e sistema de refrigeração com objetivo de coibir o exercício ilegal da profissão, pois a instalação e manutenção destes equipamentos é uma atividade técnica do sistema Confea-Crea. As empresas e profissionais que atuam neste ramo são obrigadas a providenciar o registo no Crea-RO, bem como registrar a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) periodicamente conforme Lei Federal 6496/77. “Com isso, o Crea atua no seu objetivo principal que é coibir o exercício ilegal da profissão com intuito de defender a sociedade dos maus profissionais”, disse o assessor de fiscalização, Siguimar da Cruz.
Síndrome do Edifício Doente (SED)
Em 1976, cerca de 200 legionários veteranos que comemoravam a independência dos Estados Unidos estavam reunidos em um quarto de hotel onde 182 pessoas foram detectadas com um quadro respiratório agudo. Desse número, foram a óbito 29 pessoas. Esse quadro foi denominado de Legionelose, onde pesquisas realizadas implicaram na descoberta da bactéria chamada Legionella, que havia sido aerolizada a partir do sistema de ar condicionado central do edifício.
A partir daí, a preocupação tornou-se mundial, e na década de 80, o comitê técnico da Organização Mundial da Saúde (OMS) passou utilizar o termo Síndrome do Edifício Doente (SED). Entre os principais sintomas estão a fadiga, dores de cabeça, ardência nos olhos, irritação no nariz, garganta, entre outros. O edifício é considerado doente quando cerca de 20% das pessoas que o ocuparam o local apresentarem alguns destes sintomas.
"É importante alertar sobre a importância da constante manutenção no sistema de refrigeração afim de evitar que esses problemas tornem-se ameaças para as pessoas que freqüentam os locais que estejam climatizados", disse Nélio Alencar, presidente do Crea Rondônia.