Imprensa destaca o desmonte do INCRA – Por José Felix T. de Almeida

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Foto: Divulgação

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O que já era previsto acontecer começa a virar realidade. Se não bastassem as lutas organizadas pelas entidades representativas dos servidores do INCRA, apoiadas pelos movimentos sociais, principalmente pelo MST, que outrora caminhava de mãos dadas com aqueles que hoje formam o bloco parlamentar que apóia o governo no congresso nacional, surge a pretensão sorrateira de acabar com o INCRA e jogar água fria na esperança daqueles que sonhavam com o ressurgimento de uma autarquia forte, atuante e determinada nas ações de promover e executar a reforma agrária no país.
A intenção de retaliar a lei 4.504/64, como bem entende a presidenta, demonstra o seu poder autoritário e da cúpula do PT. A hora é de reflexão e de se perguntar: onde estamos e pra onde vamos? Ora, diante de um Congresso comprometido com a elite brasileira e que está nas mãos dos oportunistas de plantão e de uma bancada ruralista que dita o destino que deve ser dado a todo e qualquer projeto oriundo dos segmentos sociais, como aconteceu com o novo código florestal aprovado recentemente, é de se esperar coisa pior, como por exemplo, a extinção da Reforma Agrária no País.
A Associação dos Servidores do INCRA de Rondônia divulgará em breve, alguns dos projetos elaborados pelo governo FHC e recebidos de braços abertos por LULA, que se encontram engavetados no congresso aguardando oportunidade para aprovação.
A associação vem por este meio alfinetar alguns tópicos do pronunciamento do presidente do INCRA, publicados no jornal O Estado de São Paulo, edição de 01.01.2013: “É preciso atualizar a leitura da questão fundiária”. Por que o governo não atualiza primeiro a leitura da questão financeira e social da grande maioria dos municípios brasileiros que são pra lá de caóticas? “De um total de quase 5 milhões de imóveis cadastrados no País, existem cerca de 8 mil com área superior ou igual a 5 mil hectares, que estão concentrados em alguns Estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e Pará”.
Ele esqueceu de mencionar Rondônia,onde a concentração de terra é de percentuais alarmantes. “Distribuição de terras não é prioridade para o governo”. Então, vamos orientar os sem terra para armar seus acampamentos de lona no quintal do MDA ou da casa deles. “Estamos encerrando uma idéia oriunda dos projetos de colonização dos anos 70, o orçamento da reforma agrária vai multiplicar”. Muita esmola o santo desconfia. O Guedes não comeu nem um pouquinho do “pão que o Diabo amassou” na década de 70. Não tem conhecimento da história do INCRA de Rondônia e da luta dos servidores pela reforma agrária deste Estado.
Relembramos aquela época como se hoje fosse, quando o ex-IBRA (Instituto Brasileiro de Reforma Agrária), dava início à realização da 1ª DISCRIMINATÓRIA ADMINISTRATIVA JUDICIAL, passo inaugural para o desenvolvimento sócio-econônico do até então Território Federal.
Tinha nas mãos do capitão Sílvio Gonçalves de Faria, o comando das ações, que era muito bem assessorado pelos técnicos Assis Canuto, Reynaldo Galvão Modesto, Izaias Pereira Guimarães, Luiz Melo, Paulo Roberto Ventura Brandão, Eustaquio Chaves Godinho, e outros. Contava ainda com o assessoramento jurídico dos advogados Amir Lando, Leônidas Nogueira de Souza, Amadeu Machado, Ney Luiz de Freitas Leal e outros.
De cara se deu combate a duas poderosas empresas colonizadoras que se encontravam instaladas em Rondônia, a Calama e a Itaporanga, sediadas em Ji-Paraná e Pimenta Bueno, que faziam assentamentos e vendiam os lotes. A Gainsa – Guaporé Agroindustrial S/A, com área de 80 mil hectares, às margens da BR-29 (hoje 364) sentido Acre, que expulsava e incendiava os casebres humildes dos agricultores colocados pelo Incra (criado em julho de 1970). Milhares de autorizações e licenças de ocupação foram concedidas pelo INCRA,fruto da implantação e funcionamento dos primeiros projetos de colonização, tendo o PIC Ouro Preto servido como espelho que incentivou a criação de muitos outros projetos não só em Rondônia como em todo o país. As colonizadoras mencionadas foram desapropriadas pelo INCRA.
Não é realista quando menciona “o orçamento do INCRA vai se multiplicar várias vezes”. Omitiu que nos próximos dois anos, ou seja, até 2014, o governo não vai investir em projeto social algum a não ser em obras que estão em andamento para a realização da copa do mundo no Brasil em 2014. “Sinaliza como a questão deve ser rediscutida”. Rediscutir o que? O que está sendo rediscutido? Nada Guedes, você está mentindo para a sociedade. “O governo vai envolver prefeituras na distribuição de terras”. Queremos ainda estar vivos pra ver os rumos que serão dados à distribuição de terras por prefeituras ou governos em época de eleição.
Diferenças do Rolf para o Guedes
O Rolf anda com a carteirinha do PT no bolso, e diante das reivindicações dos servidores ficava sempre em cima do muro, com seu chimarrão, não tinha moral alguma no governo para decidir nada e empurrava tudo com a barriga até onde dava.
O Guedes, PT roxo e declarado, só faz o que os outros mandam. O que importa pra ele é ficar no poder. Ouve, discute se diz aberto ao diálogo, mas não consegue convencer ninguém do governo naquilo que os servidores desejam para si e para o INCRA. Sente-se bem quando divulga na rede reajustes fruto da luta dos servidores na mesa de negociação, como, o aumento do valor do ponto da Gdara e Gdapa, do auxílio-alimentação, da nova Tabela e outros.
 Em nenhum momento o Guedes e seus seguidores se interessaram em lutar para conseguir alguma melhoria salarial ou institucional, apenas aceita as determinações impostas pelo PT e o governo perverso do Lula e pós Lula para com os servidores do INCRA, como por exemplo, nenhuma providência concreta foi tomada para salvar o plano de saúde FASSINCRA, que deve a deus e o mundo, e que aqui no Estado de Rondônia já não há mais nenhum profissional da área de saúde atendendo os novos e velhos servidores do INCRA.
 
 
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