O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Denis Baú, a presidente do Sindivest/RO, Helena Aparecida Mourão e o diretor regional do SENAI/RO Vivaldo Matos estiveram na manhã de ontem (22/11) na Penitenciária Federal de Porto Velho para conhecerem o local onde será feito o treinamento e a instalação do pólo produtivo naquela unidade prisional. A visita contou ainda com a participação do gerente do Escritório Executivo da FIERO, Elmir Marques e o gestor de Ação Móveis do SENAI, Walter Pinheiro Rodrigues.
Os visitantes foram recepcionados pelo juiz federal da 3ª Vara, Marcelo Meireles Lobão e o diretor da penitenciária, o delegado federal Jones Leite.
De acordo com o juiz, inicialmente, em razão de uma série de dificuldades relativas à segurança, o projeto-piloto vai contemplar a participação de apenas 13 presidiários. “Consta das cláusulas normativas do empreendimento sócio industrial que não haverá vínculo trabalhista entre os detentos e a empresa contratadora da mão de obra carcerária. A realização da ideia é inédita no presídio de segurança máxima do Estado e é fruto de uma importante parceria da Justiça Federal, Sistema FIERO e SENAI”, explicou.
Lobão explicou que depois de receberem capacitação profissional, os internos passarão a produzir peças de confecção no interior do presídio e, em contrapartida serão remunerados com um salário mínimo cada um, gerando renda para os participantes do projeto e oferecendo a eles a oportunidade de utilizar produtivamente o tempo de vida na carceragem. “Ficamos entusiasmados e gratificados com a receptividade demonstrada pela Federação das Indústrias, nas pessoas do presidente, Denis Baú, e da presidente do Sindivest/RO Helena Aparecida Rica Mourão, em relação ao projeto de reinserção social que a 3ª Vara Federal, Departamento Penitenciário Nacional, Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União estão implantando na Penitenciária Federal de Porto Velho. Nenhum projeto com tal envergadura seria bem sucedido sem o apoio da FIERO, assim como de suas empresas e sindicatos filiados e do SENAI. O dinamismo, a visão, a desenvoltura e a abnegação do empresário rondoniense constituem a alma do projeto”.
Assim como o juiz Marcelo Lobão, o presidente Denis Baú é um entusiasta do projeto de reinserção social dos detentos e que a sua implantação significa passo fundamental para a ressocialização destas pessoas à sociedade. “Esse projeto de profissionalização e geração de renda está inserido num contexto de parcerias entre o Conselho Nacional de Justiça, SENAI Nacional e a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e a FIERO não poderia de dar sua contribuição”, afirmou.
“Trata-se de um projeto inédito no âmbito do sistema penitenciário federal de segurança máxima” argumentou Baú. “Os desafios são grandes, mas com muita persistência e apoio das indústrias de Porto Velho, conseguiremos romper paradigmas e mudar a sorte e o futuro da população carcerária”, garantiu o líder empresarial, que também destaca que o empresário exerce papel central em todo esse processo. “É ele quem gera emprego, recolhe impostos, faz a economia crescer e produz os bens indispensáveis ao conforto e à sobrevivência da população. Colaborar com um projeto de reinserção social de presos só é mais um desafio posto diante deste que é o principal ator do desenvolvimento do país. Por isso, projetos como esse enaltecem a relevante missão confiada pela sociedade ao empresário brasileiro”.
Helena Mourão falou sobre o papel do sindicato nesta ação. “O Sindivest terá o papel de apoiar um projeto que eu vejo de grande valia para a sociedade, como também para o apenado que diminuirá sua pena, pois a cada três anos de serviços prestados, sua pena diminuirá um ano. Com isso a sociedade terá um apenado reabilitado, trazendo o mesmo para uma qualificação e profissão no mercado. Além de estar produzindo renda para si mesmo e para sua família”.
No ponto de vista da empresária o projeto tendo a Federação e o SENAI como aliados tem tudo para alcançar os objetivos. “O SENAI como instituição de ensino será o responsável direto em capacitar, qualificar e treinar essa mão de obra, com uma carga horária estimada em 120 a 160hs”. Ela também fez questão de destacar a importância do apoio da Federação ao aderir ao projeto do Dr. Marcelo Lobão. “O nosso presidente Denis Baú foi bem sensível ao problema que não e só do governo federal e sim de cada cidadão de nossa sociedade. Lembrando que um projeto como este quem ganha com os benefícios são a sociedade, o governo e a indústria”, disse.