ARTIGO - E o companheiro embarcou no bonde errado... – Por Mario Quevedo

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Foto: Divulgação

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Não tenho procuração para defender o governo Confúcio Moura, mas ajudarei no que for preciso para a criação e consolidação de um programa de governo de enfrentamento a questão das drogas, caso da Secretaria da Paz.
Nesta manhã de terça-feira (19/06) me surpreendi com reportagem não assinada veiculada na edição do jornal Folha do Sul desta semana, na página 07 do caderno principal. Sob o título "'Bonde da paz' de Confúcio cria 55 novos cargos para combater as drogas", o texto faz uma análise rasteira, e sob ótica equivocada ao meu ver, acerca da iniciativa do governo para lidar com a situação. Mais ainda, o autor da reportagem tenta massacrar uma proposta que sequer teve início prático, e é a primeira tentativa de se enfrentar esta grave mazela através de políticas públicas de nível estadual. Realmente não compreendi ao certo onde o autor quis chegar com sua matéria.
O texto se auto-justifica sob argumentação que o Estado de Rondônia tem orçamento de dois bilhões de reais por ano para cinco organismos que poderiam e deveriam lidar com a questão, mas na opinião do autor se mostraram incompetentes. Ele cita Segurança Pública, Esporte e agregados, Ação Social, Desenvolvimento Econômico e Educação como eixos principais de enfrentamento à questão das drogas, esquecendo de mencionar o óbvio e principal - A SAÚDE. Sim, meu caro colega, pois desde a década de 50 do século passado a dependência química é classificada pela Organização Mundial de Saúde como DOENÇA CRÔNICA E INCURÁVEL. Portanto, uma política pública voltada a confrontar a questão necessariamente deve passar por este setor.
Mas o caso não é esse. Me diga, nobre colega, em que lugar do Brasil a ação conjunta deste cinco organismos, somadas ao que eu citei, foram capazes de dar uma resposta à altura da gravidade do problema? Eu desconheço, e não apenas por aqui, mas praticamente no mundo todo. A Humanidade bate cabeça e luta contra o flagelo na base das tentativas, buscando saídas. O governo federal tenta isso há tempos, e este ano mesmo lançou um novo programa, específico ao crack. Não se sabe se vai dar certo, mas pelo menos está se tentando alguma coisa.
Por falta de argumentação, o autor estigmatiza a Secretaria da Paz, antecipando que será um lugar para "puxa-sacos, picaretas e desocupados em geral". É mais ou menos a mesma maneira que os doentes que padecem do mal da dependência química são tratados. Ainda por falta de argumentos, o autor se fixa apenas na questão dos cargos que foram criados para o novo organismo e os valores dos salários. Ora, não se sabe sequer o que eles farão e a forma de atuar do órgão, e o jornalista já afirma que é um apêndice inútil. Não seria o caso de pelo menos dar um tempo para que a nova secretaria mostrasse ao que veio? Sei não, mas a reportagem, que mais se parece com um artigo, tem um tom oposicionista/panfletário, parecendo não ter outra motivação senão política.
Só quem vive o drama das drogas sabe o quanto a questão é complicada. Mais ainda, é um problema que atinge a sociedade como um todo, e ninguém está livre de ser alcançado por seus tentáculos, seja como vítima de um dependente desesperado atras de sua dose, ou tendo alguém querido arrastado para as trevas. Por isso, toda e qualquer iniciativa deve ser debatida e avaliada com responsabilidade, bom senso e imparcialidade, pois o problema não tem partido, nem ideologia e muito menos simpatia/antipatia por quem quer que seja.
Se não for com a criação da Secretaria da Paz que vamos aprender a lidar com a questão e ter ferramentas para enfrentar o problema, então que se busquem outras formas (o autor da reportagem da gloriosa Folha do Sul pode dar sua sugestão), mas o que importa é conseguir criar uma política pública específica e eficiente. E o governador Confúcio Moura, só pelo gesto de apresentar tal proposta à comunidade, sai na frente da maioria dos governantes brasileiros e mostra sensibilidade e preocupação genuína com a questão. Para mim, já em um bom começo.
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