Ele teria se auto medicado com uma aplicação de 800mg de lidocaína, para amenizar as dores de uma tatuagem que ele estava prestes a fazer. A alta dosagem teria levado o médico a perder os sentidos e posteriormente ao acordar e ver a situação em que estava entrou em pânico. Confira nota enviada a imprensa pelo médico:
NOTA A IMPRENSA
Em função do vídeo postado na internet e divulgado por alguns jornais eletrônicos sobre um suposto surto psicótico que eu teria sofrido, venho por meio desta esclarecer o ocorrido:
No dia 7 de março, por volta das 16h, deixei o trabalho para ir fazer uma tatuagem. No local, fiz uma autoaplicação do anestésico lidocaína, na medida de 800 mg. Logo em seguida comecei a passar mal e decidi procurar atendimento no pronto socorro João Paulo II. No percurso, aumentou a sensação de mal estar e senti que poderia desmaiar. Liguei para o serviço de emergência SAMU, mas não fui atendido. Para evitar o pior, parei na central de polícia onde me identifiquei como diretor geral do João Paulo II e pedi apoio para me levar ao hospital. Quando fui colocado na viatura policial perdi os sentidos e só acordei quando estava dando entrada no PS.
Atordoado pelo efeito do anestésico não entendi o que estava acontecendo e porque era conduzido por policiais. Sem entender a cena entrei em pânico e comecei a me debater. Fui atendido e medicado, entretanto, pela médica Tattyane Borba e pouco depois liberado.
O que ocorreu de fato foi uma reação a alta dosagem do anestésico injetado. A farmacologia relata que o organismo suporta bem até 1.000 mg de lidocaína em diversas partes do corpo, a exceção da área intercostal (região das costelas), cuja dosagem máxima não deve ultrapassar os 300 mg, devido a alta absorção. Sem conhecimento deste detalhe, tinha feito a aplicação de 800 mg e acabei me intoxicando com o anestésico.
Devo esclarecer que existe de fato o boletim de ocorrência policial registrado sob o número 46771201-107 como auxílio a doente. Estou de posse de laudo toxicológico com resultado negativo para todos os tipos de drogas ilícitas. Também está a disposição de toda a imprensa um livro de farmacologia e anestesiologia, que trata de dosagens e reações.
Por fim, chamo a atenção para o fato de que quando dei entrada no Pronto Socorro João Paulo II o fiz como qualquer paciente e, portanto, deveria ter o direito da minha imagem preservada. Espero com esta nota pública esclarecer o fato e pedir que as imagens divulgadas sejam retiradas dos respectivos jornais eletrônicos. Com relação ao Youtube, estou providenciando juridicamente a retirada da postagem.
Sérgio Paulo de Mello Mendes Filho
Diretor do Hospital de Pronto Socorro João Paulo II