Em março de 2011 um grupo com 98 haitianos chegou à Porto Velho, entrando no Brasil pelo Estado do Acre, fugindo do desemprego e miséria causados pelo terremoto que devastou o Haiti no ano de 2009. Depois desse primeiro grupo, vários outros foram chegando à capital a procura de emprego.
O governo do Estado vem providenciando abrigo, alimentação, atendimento médico e encaminhamento ao mercado de trabalho. No que tange à empregabilidade, as técnicas (assistentes sociais) da Secretaria de Estado de Assistência Social tiveram o cuidado de inseri-los no mercado de trabalho em atividades laborais mais próximas das experiências dos imigrantes anteriores, frisa a secretária, Claudia Moura.
Ao todo hoje são 500 (quinhentos) haitianos que o governo presta assistência através da Seas. Eles têm chegado frequentemente em Porto Velho desde março de 2011, em pequenos grupos de 4 a 12 pessoas. São de todas as províncias do Haiti, principalmente de Porto Príncipe. Chegam primeiro no Acre, depois mudam para Rondônia. A maioria não tem qualificação profissional e é do sexo masculino. Estão sendo empregados na construção civil e as mulheres empregadas como domésticas e babá.
O primeiro grupo que chegou a Rondônia em março de 2011 já pode ser chamado de cidadãos brasileiros, pois já foram contemplados com o visto de permanência no Brasil, o que proporciona a eles cidadania brasileira.
A secretária diz ainda que o governo de Rondônia tem proporcionado tanto aos que já têm cidadania brasileira, quanto aos que chegaram mais recentemente, atendimento socioassistencial, desde a inclusão cidadã na retirada de documentos de identificação, exames laboratoriais e preventivos de saúde assim com a inclusão no trabalho, na medida em que o mercado oferece vagas, sendo que estas vagas de trabalho estão cada vez mais escassas. “E eles continuam chegando aqui com a ideia equivocada de que Rondônia, por conta do advento das usinas, tem muita oferta de emprego. O que é um engano,” declara Claudia Moura.
Há ainda uma preocupação entre o valor cultural e lingüístico daqueles imigrantes. Recentemente o Estado de Rondônia assinou um Termo de Cooperação Técnica com a Universidade Federal de Rondônia (UNIR), visando pesquisa a fim de conhecer um pouco mais a cultura daqueles imigrantes.
Em março de 2011 o governo à união a chegada do grupo de haitianos e solicitou apoio no sentido de atender a essa nova demanda. Mas, na época não obteve nenhuma ajuda direta. Mesmo não recebendo ajuda do governo Federal, Rondônia assumiu os custos de atendimento aos Haitianos, com recursos próprios.