Comando de greve exige afastamento imediato de pró-reitores da Unir

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Foto: Divulgação

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O comando de greve dos docentes da Unir esteve reunido ontem (sexta-feira) no campus Paulo Freire (Br-364), para deliberar sobre a adoção de medidas estratégicas e necessárias, assim que o decreto de exoneração do professor doutor José Januário de Oliveira do Amaral, do cargo de reitor da Fundação Universidade Federal de Rondônia, for publicado no Diário Oficial da União. O comando unificado (docentes e discentes) não aceita intervenção, golpe e exige o afastamento imediato de todos os pró-reitores.  
Os acadêmicos informaram durante a reunião que a desocupação do prédio da Unir-Centro somente acontecerá com a posse da vice-reitora no cargo de reitora pró-tempore. Foi informado que não existe qualquer tipo de depredação (dano) ao patrimônio (prédio e outros bens materiais), e que tudo será entregue da mesma forma de quando ocorreu a ocupação, e inclusive limpo.  
O professor Adilson Siqueira do comando de greve dos docentes da Unir, manifestou seu repúdio ao golpismo, caso seja nomeado uma outra pessoa para o mandato tampão, desrespeitando e ignorando a sucessora natural e legal dentro da instituição, que é a vice-reitora, professora doutora Maria Cristina Victorino de França. “Isto será entendido como intervenção e isto não aceitamos”, observou. Com relação ao caso do diploma de doutora da vice-reitora, ele disse existir sentença judicial favorável, portanto esta questão está superada. 
Foi repassado ao comando de greve que mesmo com a renúncia formal do reitor, uma série de atos estão sendo expedidos, inclusive nomeações de professores e técnicos administrativos. O professor Adilson Siqueira declarou que o comando de greve dos docentes da Unir, exige a destituição imediata de todos os pró-reitores.  
Já com relação as declarações do reitor Januário Amaral que diz se sentir discriminado e perseguido por ser gay, o professor Petrus de Luna do Departamento de Engenharia, disse que em momento algum esta questão foi incorporada ao movimento grevista. “Sua relação homoafetiva é escolha pessoal dele. O que se combateu aqui foi a roubalheira e o crime organizado”, salientou.  
O comando de greve dos docentes da Unir também se incorporou ontem, ao Movimento Unificado pela Ética e Contra a Corrupção, também integrada pelo Sindesef, Sintero, Sindler, Sindeprof, Andes, Singeperon, CTB, PSOL, PSB, PcdoB, e PDT. Destaca o manifesto do movimento: “A ética é o fundamento que orienta as pessoas para que possam ter uma vida digna e justa. A corrupção é um mal que se estabelece nas sociedades através de pequenos vícios, portanto não deve ser encarada como algo natural, mas sim um desvio de conduta adquirido através de maus exemplos. Tem como fruto a miséria, a falta de saúde, falta de educação, falta de moradia digna etc. Rondônia tem sido alvo de pessoas inescrupulosas que utilizam o serviço público em defesa de seus interesses pessoais. O movimento unificado pela ética e contra a corrupção espera que essa lamentável situação seja a base de uma reflexão mais profunda sobre os efeitos maléficos da corrupção visando a banir de nosso meio a longa e dolorosa tradição de apropriação indevida do aparato público.”
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