A Prefeitura de Porto Velho realiza na próxima quarta-feira, 18, a primeira reunião que visa à criação do Comitê Municipal de Combate às Queimadas Urbanas. O encontro será na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, de Rondônia (OAB/RO) às 14h30 e terá a participação de várias instituições como as secretaria municipais de Meio Ambiente (Sema) e de Agricultura e Abastecimento (Semagric), Saúde (Semusa) Defesa Civil, Ministério Público, Ibama, Corpo de Bombeiros, Sedam, Emater, entre outras.
Além do comitê, ainda em maio, a prefeitura também lançará uma campanha educativa chamando a atenção da população para as conseqüências danosas provocadas pelas queimadas urbanas tanto à cidade como também para a população. A campanha terá vigência até novembro, período em que inicia o inverno na região amazônica.
O secretário adjunto da Sema, Flávio Morais, lembrou que as queimadas urbanas, apesar de, aparentemente, para muitas pessoas ser um ato inofensivo, é uma prática criminosa que representam um componente importante na degradação da qualidade do ar das cidades, freqüentemente atingidas pela poluição industrial e pela frota de veículos. Contribuem ainda, para a emissão de CO² (gás carbônico) na atmosfera e para o agravamento do efeito estufa. São também nocivas à saúde e ao bem-estar da população.
Isso ocorre porque esse é o procedimento mais utilizado para fazer a limpeza de terrenos vazios após a roçagem, a poda de árvores e varrição do quintal. Em alguns casos, o
fogo também é utilizado para dar fim a móveis e utensílios domésticos, lixo, calçados, vestimentas, brinquedos, pneus e papel em geral resultado. O problema se agrava durante o período da estiagem.
Concorrem para essa situação, de acordo com o secretário adjunto da Sema, fatores como a falta de esclarecimentos quanto à ilegalidade e conseqüências dessa prática; indiferença e omissão generalizadas por grande parte da população para com o problema. No entanto, a lei proíbe queimar, mesmo que no próprio quintal, de lixo, detritos ou quaisquer materiais em quantidade capaz de molestar a vizinhança ou pôr em risco a segurança das habitações vizinhas. “Nosso preocupação com a criação do comitê e o lançamento da campanha, é nos anteciparmos a uma situação que vem se agravando a cada ano, quando chega a época da estiagem. E a população tem que entender que ela também é responsável pela preservação do ambiente onde mora e não apenas o poder público”, afirmou Flávio Morais.