Talvez nenhum outro setor revele profunda deterioração nos serviços que prestam quando o da saúde, tanto em nível estadual quanto no campo municipal. Entretanto, não é justo desconsiderar o caos que ronda a área da segurança pública.
Especialistas no assunto, no entanto, asseguram que o problema da saúde não é apenas a insuficiência de recursos, mas, sim, de falta de planejamento e, o que é ainda mais grave, a má aplicação do dinheiro.
Esperava-se que, com a decretação de calamidade pública, assinada pelo governador Confúcio Moura, a situação melhorasse. Pelo contrário, piorou. No entanto, é preciso mais do que isso para retirar o setor do abismo no qual a incompetência político-administrativa o lançou. É preciso competência e profissionalismo.
Vê-se, pois, que o que não faltam são problemas para o governador resolver. A lista é inesgotável. Não se restringe, apenas, ao setor da saúde. Vai mais além, alcançando, repita-se, a segurança e, também, a educação, cujos profissionais ameaçam paralisar suas atividades por melhores salários.
O governo precisa agir rápido. Não pode cruzar os braços e esperar que aconteça algum milagre. Urge, pois, selecionar prioridades e exigir eficiência e celeridade de seus auxiliares. Afinal, governar não é somente distribuir prebendas aos mais carentes, nem aquinhoar com polpudos salários cabos eleitorais e aliados políticos.
Enquanto predominar a visão parcial e prevalecer interesses partidários sobre os da população, com a manutenção de pessoas despreparadas em postos estratégicos, onde deveriam estar técnicos e pessoas verdadeiramente preparadas, à administração Confúcio jamais vai decolar.
Enquanto o governador perde seu precioso tempo tentando ensinar como fazer sabão líquido, pessoas estão morrendo à míngua nos corredores e leitos do Hospital João Paulo Segundo, por falta de médicos e medicamentos, sob os olhares complacentes de certas autoridades, muito bem pagas, diga-se, para defender os seus direitos, mas que, na prática, não saem do discurso oco e fofo.