Questionável, essa seria a principal característica de algumas nomeações feitas pelo governador do estado de Rondônia, Confúcio Moura, para as pessoas que tomariam frente aos cargos de primeiro escalão na maquina publica estadual.
Entre essas nomeações está o secretário adjunto da SEFIN (Secretaria de Finanças do Estado de Rondônia) Wagner Luiz de Souza, coordenador da campanha eleitoral de Confúcio na eleição de 2010. A questão que envolve a nomeação de Wagner da inicio com um ofício de numero 021/2010/SINDAFISCO enviado á Confúcio Moura um dia após sua eleição para governador de Rondônia.
O documento, assinado em nome do SINDAFISCO (Sindicato dos Auditores Fiscais de Rondônia) indicava para coordenadoria da SEFIN, além de Wagner Luiz de Souza, o cunhando de Confúcio, Francisco de Assis Moreira de Oliveira, coincidentemente, no mesmo período outros órgãos com interesses diretos á Secretaria de Finanças solicitaram os mesmos nomes ao governador, entre eles estão as organizações comerciais CDL, ACR, SECOVI e SINDILOJAS.
O principal fato é que a grande maioria dos auditores fiscais de Rondônia negam estar cientes desse ofício, inclusive afirmam que esse documento nunca passou pelo crivo dos associados e que ele partiu unilateralmente do presidente do SINDAFISCO, Mauro Roberto da Silva e de integrantes da diretoria do sindicato, entre esses a Coordenadora da Receita do Estado, Maria do Socorro B. Pereira. Alguns associados afirmam inclusive que esse documento pode ser motivo de ação no conselho de ética do SINDAFISCO.
“Em nenhum momento os auditores fiscais foram ouvidos sobre esse documento ou sobre esses nomes que foram indicados, inclusive a grande parte da categoria acredita que a partir do ponto em que nomes são propostos a independência do órgão fica seriamente comprometida”, afirmou um auditor fiscal que preferiu não ser identificado.
Em outro ponto tocado pelos auditores está a questão de que órgãos patronais como a CDL e entidades como o SINDAFISCO estarem interessados nos mesmos nomes para coordenar a SEFIN, pois fica evidente que fiscalizado e fiscalizador compactuam do mesmo interesse, fato que deixaria sempre em desconfiança qualquer decisão ou atitude tomada pelos auditores fiscais com representantes desses órgãos lojistas, tudo com a permissividade do governador do estado.
“Queremos deixar bem claro que essa indicação não representa o anseio da maioria dos auditores fiscais de Rondônia”, finaliza um associado do SINDAFISCO.