Carlos Perazzolli (FOTO) disse que servidores “assinavam o livro ponto”, bem como a “produtividade fiscal”, como se trabalhando estivessem. Mas eles estavam no Pará, ou em Brasília.
O funcionário estadual de carreira, Carlos A. Perazzoli, lotado na Secretaria de Finanças (SEFIN), em Vilhena, decidiu ir ao trabalho usando nariz de palhaço, como forma de insatisfação com o que está acontecendo na 3º DRRE-VILHENA.
Em carta repassada ao jornal vilhenense EXTRA DE RONDÔNIA, mas sem citar nomes, Perazzolli fez sérias denúncias contra servidores da SEFIN e manifestou seu repúdio contra a nomeação do novo Delegado Regional da 3º DRRE-SEFIN, que até o último dia 31 de dezembro de 2010, ocupava o cargo de Chefe do Posto Fiscal de Vilhena.
Ele já teria enviado, por e-mail, ao governador Confúcio Moura, uma cópia de suas denúncias. “Drº Confúcio, hoje estou com nariz de palhaço e virei trabalhar assim até que o circo montado na SEFIN seja enfim encerrado”, disse um trecho do documento.
Na mesma carta, Perazzolli afirmou que servidores assinam o “livro ponto” pelos dias que estão bem distantes do seu local de trabalho, tudo com acordo de seus chefes. “Estou há oito anos na SEFIN e verifiquei que tudo se repete nos bastidores. Somos quem fiscaliza a Lei e fazemos cumpri-la. Tudo em vão, pois aqui não se faz a lição de casa. Há muito relatei fatos estranhos no Posto Fiscal de Vilhena, onde servidores assinavam o livro ponto, bem como a produtividade fiscal, como se trabalhando estivessem, tudo com o acordo de seu chefe. Mas eles estavam bem longe, no Pará, em Brasília....”, denunciou.
Ainda, Perazzolli informou que os fatos foram encaminhados ao Ministério Público, o que resultou em dezenas de inquéritos civis, mas que nada aconteceu administrativamente.