Recentemente, o governador Confúcio Moura afirmou, em alto e bom tom, que ficha suja não terá vez em sua administração. Estranho, porém, que a ungida para ocupar a pasta da SEAD, tenha sido condenada a sete anos de cadeia, por prática de irregularidade, em governo anterior, como assegura o jornalista Alan Alex.
Alguma coisa, porém, está errada. Não foi isso o que prometeu o candidato Confúcio Moura, durante a campanha eleitoral. E não é isso o que se espera dele a população.
Pelo contrário, o que deseja e exige o povo rondoniense, principalmente aqueles que votaram no candidato Confúcio Moura, é vê-lo cercado de auxiliares competentes e probos, provados e comprovados na luta contra as dificuldades cíclicas pelas quais o estado de Rondônia tem passado.
Pertençam os escolhidos aos quadros do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas, da Polícia Federal, ou até mesmo da iniciativa privada, isso é de somenos importância.
Ao povo, importa, apenas, que as indicações recaiam sobre pessoas, cuja vida pregressa, antiga ou recente, seja demonstrativa de sua capacidade, da sua honradez e da sua honestidade.
Isso, evidentemente, proporcionará uma sensação geral de confiança e apoio aos planos, programas e projetos, que serão propostos pelo novo governo.
Entre o dizer e o fazer há uma distância abissal. Não basta o governador afirmar que não aceitará fichas sujas entre os seus. É preciso mostrar isso na prática. Até porque o sucesso ou não de seu governo vai depender, em grande parte, da equipe de colaboradores da qual ele se cercará.
É comum, em ocasiões como essa, quando da composição de escalões superiores e até de postos secundários, não faltarem os amigos de infância e de profissão, ávidos não somente para enceguecerem o novo mandatário, como também para se cevarem do poder.
Depois, quem acaba sendo prejudicado é o povo. Confúcio precisa, desde já, desvencilhar-se dessa gente, dessas pessoas, movidas, apenas, pelo egoísmo, pela sede de poder, pela incompetência, pela vaidade delirante e, principalmente, pela ganância. Caso contrário, seu governo correrá o sério risco de tornar-se um fiasco. E não é isso o que desejam aqueles que, realmente, amam esta terra.