A sociedade pede socorro! – Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Longe, muito longe, vão os tempos da Porto Velho bucólica em que se podia dormir com as janelas abertas para aproveitar a aragem das madrugadas frias de uma cidade arborizada e cordial.
 
Nos dias atuais, a capital de Rondônia vive aterrorizada. Há pouco, um empresário de, aproximadamente, trinta e cinco anos, foi assassinado e teve o corpo carbonizado dentro do próprio carro. São as conseqüências do crescimento da violência e do desatino entre algumas camadas que compõem a população.
 
O crime, evidentemente, chocou a cidade. Menos, é claro, certas autoridades, ditas responsáveis pela segurança da população, que continuam deitadas no berço esplêndido da inércia, à espera de um milagre, que jamais acontecerá.
 
Não que a morte do empresário, ceifada de modo cruel, pelas mãos assassinas de latrocidas, seja um acontecimento diferente e, por isso mesmo, merecedor dessas considerações.
 
Diariamente, em todos os bairros e por qualquer motivo, muitas vezes de uma irrelevância que torna inexplicável a sua explosão, vidas são imoladas no altar da violência, privando-se famílias da presença dos seus chefes e condenando-se crianças ao desamparo de um futuro incerto.
 
Programas de rádio e televisão e as páginas policiais dos jornais locais mostram que a violência não tem cor, classe social, credo, sexo ou religião, atingindo, indiscriminadamente, todas as camadas da população. É o apodrecimento do tecido social, corroído pela ganância, pela vaidade, pela falta de solidariedade e amor ao próximo, pelo uso de drogas, e, principalmente, pela ausência de Deus no coração de muita gente.
 
A cada dia, famílias indefesas são aterrorizadas em seus lares por facínoras, para os quais a vida não passa de um papel inútil, que se descarta na lata de lixo. Muitas vítimas, inclusive, carregam para sempre, gravadas em suas mentes traumatizadas pela brutalidade, as cenas cruéis da violência.
 
Não é preciso ser cientista social para apontar as razões determinantes dessa cavalgada de violência que assola a cidade de Porto Velho, mas como cidadão e porta-voz de muitos que não têm a oportunidade de expor seus clamores, suas angústias e frustrações, não posso deixar de recorrer ao governo para que instrumente cada vez melhor os organismos policiais, a fim de que eles possam se tornar protetores reais da sociedade.
 
Há unidades policiais, como é o caso do 8º DP, na Zona Leste, que está caindo aos pedaços. Não há servidores suficientes para atender a clientela e os poucos que carregam o distrito nas costas, são mal remunerados. Papel higiênico e copos descartáveis são artigos de luxo. Só mesmo muita determinação e muito estoicismo para não deixar a peteca cair.
 
Mas isso não parece compor o corolário das preocupações de nossos dirigentes. Caso contrário, já os teriam colocado os pés no chão e procurado, pelo menos, minimizar o sofrimento do povo, com a adoção de medidas consistentes e coercitivas.
 
Não é mais possível suportar esse estado de coisas. Já que se não pode ter a cura para o cancro purulento que atingiu o corpo social, use-se contra ele o ferro quente da cauterização, que, conquanto dolorosa, pode salvar a vida do paciente. Deixar a situação com está, para ver como vai ficar, foge ao bom senso. A população pede socorro!
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