Uma obra de saneamento básico realizada pela prefeitura de Porto Velho na avenida Abunã, bairro Olaria, Centro de Porto Velho, vem causando transtornos incomunais aos moradores dessa região. O motivo é a forma como a obra vem sendo feita.
A situação
Acontece que em cada casa nessa região, assim como em grande parte das residências em Porto Velho, a fossa é residencial, os detritos provenientes dessas fossas eram jogadas em uma tubulação de esgoto colocada a bastante tempo nessa parte da rua. Acontece que a empresa que realiza a obra simplesmente abriu essas tubulações e vedou todas as saídas de fossa das residências.
Desde o inicio da obra, os moradores da avenida Abunã entre Tenreiro Aranha e Marechal Deodoro, estão sendo impossibilitados de utilizarem os banheiros, pois não existe mais canalização da fossa nessas casas.
“O pior de tudo é que a prefeitura sequer mandou algum funcionário informar, ou pelo menos tentar buscar junto com os moradores uma alternativa para esse transtorno da obra,
porém eles agiram de forma unilateral e não pensaram em nenhum momento na situação que os contribuintes estão passando nessa área”, afirmou Emilia da Silva, moradora mais antiga da região.
A falta de unidade entre prefeitura de Porto Velho e comunidade fica visível quando uma situação dessa acontece. Segundo os moradores, nenhum representante do município reuniu-se com a comunidade para buscar uma alternativa para evitar que os contribuintes passassem por essa situação deprimente. Afinal uma capital que possui residências sem ter como eliminar seus detritos, representa regredir no mínimo 40 anos.
Os fiscais
Entre as variadas reclamações dos moradores, a mais tocada por eles é a forma como alguns deles foram tratados pelos fiscais da prefeitura. Após as vedações das canalizações, várias pessoas foram até o local da obra e religaram a saída dos detritos, porém, no outro dia, fiscais municipais retiraram as ligações improvisadas e ainda, de acordo com os moradores, de forma muito arrogante, ameaçaram com multas qualquer pessoa que tentar religar os canos.
O abaixo assinado
A situação já chegou em um ponto tão insustentável que os proprietários das residências afetadas pela obra, já deram inicio a elaboração de um abaixo assinado, exigindo que a obra seja embargada e que seja definido a situação dos moradores em relação a questão vivida por eles.
“Vamos reunir todos os moradores, pois eu tenho certeza de que todos que moram aqui estão passando pelo mesmo sentimento de revolta que eu estou tendo”, disse Emilia da Silva.
O mais intrigante é que uma obra sempre chega em uma comunidade como algo extremamente benéfico, porém não em várias das obras do município, onde confusões, multas e prejuízos são rotinas da batalha prefeitura e moradores.