Alvíssaras. Amanhã, quinta-feira (30), acaba o programa eleitoral. Meus ouvidos (e creio que os de muita gente) já não mais agüentavam escutar tanta baboseira, tantas mentiras e promessas inúteis e irrealizáveis.
Durante quase cinqüenta dias, as câmeras de televisão e os microfones das rádios, ficaram à disposição dos candidatos aos cargos de presidentes da República, governadores, senadores, deputados federal e estadual, para apresentarem suas propostas.
Nesse período, o povo ouviu muita sandice, vociferada por uma malta de aproveitadores, mas também teve a oportunidade de conhecer as posições, as mensagens e o modo de pensar de pessoas sérias, tirando daí as suas ilações.
De uma forma ou de outra, os rondonienses defrontaram-se, diuturnamente, nos seus aparelhos de televisão, com certos moluscos, travestidos de moralistas, que tentaram, com palavras e frases de efeito, traduzir suas idéias (?) a respeito da gravidade por que passa o nosso estado, apontando soluções rápidas e indolores para os seus males crônicos.
Seria interessante inscrevê-los no livro dos recordes da demagogia, pois sabem, perfeitamente, que não têm a menor possibilidade de, pelo menos, serem brindados com uma votação, digamos, expressiva, quanto mais capacidade para se elegerem e cumprir o que prometeram à população.
A maioria, evidentemente, até que se esforçou para tentar confundir a cabeça do eleitorado desavisado com promessas mirabolantes, mas o tiro sairá pela culatra. O povo vai mostrar que está vacinado contra políticos furta-cores e faiscadores de dúvidas alheias.
Muitos eleitores, à evidência, apontaram na direção de um caminho extremamente perigoso, ou seja, o repúdio ao processo eleitoral. Outros, no entanto, segundo as mais recentes pesquisas de opinião, já decidiram pelo simples não-comparecimento às urnas, ou, se isso não for possível, votar em branco.
O povo está inconformado, desiludido e indignado com tanta bandalheira e vai manifestar esse sentimento nas urnas, no próximo dia três de outubro. Por isso, de nada adiantou o esforçou dos que insistem em ignorar a estrada real das evidências para buscar, com meias verdades, caminhos falsos e desvios de fatos, fugirem ao impacto da obviedade da preferência popular.