Sintero protesta em frente a Assembleia obstruindo rua, crianças de escola usam portão dos fundos para estudar

Da Redação

05 de Abril de 2010 às 12:28

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Sintero protesta em frente a Assembleia obstruindo rua, crianças de escola usam portão dos fundos para estudar

Foto: Divulgação

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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Rondônia, SINTERO, está em plena campanha para reajuste salarial da categoria. Tendo declarado estado de greve desde a última quinta-feira, 11, o sindicato que pede ao governo do estado um reajuste salarial de 25%, bloqueia a rua José Amarante em frente a Assembleia Legislativa de Rondônia, impedindo o fluxo de veículos naquela quadra. O governo do estado encaminhou mensagem informando que pode conceder 4,5 % de aumento e mais R$ 200 de gratificação para os professores em sala de aula.

Com isso o impasse está formado. O que não se compreende é interromper uma rua com barracas, cadeiras, carros de som, para protestar em frente a Assembleia Legislativa, tendo em vista que aumento salarial só pode ser concedido pelo executivo, pois ele é o ordenador das despesas. O legislativo irá apenas aprovar ou não o decreto que o governador irá encaminhar para ser votado pelos deputados estaduais. Estão fazendo protesto em lugar errado.

No perimetro funciona a escola de educação infantil “Branca de neve” para crianças em período de alfabetização. Todos pequenos, com idade até oito anos. As famílias estão tendo que deixar e buscar as crianças pela rua de trás da escola., entrando e saindo pelo portão dos fundos, onde não existe sinalização e calçada para as crianças.

Mais uma vez o Sintero passa por cima do ECA – Estatuto da Criança e Adolescente. Ou foi a Semtran – Secretaria Municipal de Trânsito que autorizou a interdição da via em detrimento ao direito ao direito de ir e vir.

Percebe-se com isso uma clara motivação política, justamente por este ser um ano eleitoral, utilizam os trabalhadores da educação como massa de manobra para interesses eleitorais. Reconhece-se o direito da categoria à greve e a livre manifestação, pois assim consta na declaração dos direitos humanos no seu artigo XXIII. Mas assim como nos concede direitos, a declaração nos impõe deveres e obrigações (artigo XXIV). Afinal, todos tem o direito à livre locomoção (artigo XIII).

Em conversa com algumas pessoas do movimento ninguém soube dizer quem deu a liberação para a obstrução da rua, que acontece desde segunda-feira. Fica então o questionamento do artigo VII: somos todos iguais perante a lei? Ou será que alguns são mais iguais do que outros e conseguem burlar algumas leis e continua tudo bem.

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