Diante da escalada do crime que domina a capital, levando pânico e terror aos lares, a sociedade portovelhense não pode e não deve mais manter-se em silêncio.
A obrigação de todos é não apenas pedir, mas, sim, de exigir das autoridades uma tomada de posição enérgica face ao problema terrível da escalada da criminalidade.
Como um tumor maligno, a violência vai-se irradiando, através da metástase da impunidade, para lugares há pouco tempo tranqüilo e acolhedores, como é o caso do distrito de Jaci Paraná, por exemplo, a menos de cem quilômetros de Porto Velho, cuja população anda aterrorizada com a onda de selvageria.
Não é mais possível tangenciar diante do problema, cedendo terreno pelo silêncio que se pode confundir com omissão e covardia, frente aos facínoras (cada dia mais atrevidos e ousados), que infernizam a paciência da população, promovendo assaltos à luz do sol. Muitos, inclusive, chegam mesmo ao terreno da humilhação de suas vítimas.
É ilusão acreditar que a simples transferência do 5º BPM para o prédio onde funciona, precariamente, o 8º DP, no bairro Tancredo Neves, vai resolver o problema da violência naquela área da cidade, como pensa o Secretário de Segurança, Defesa e Cidadania.
Pelo amor de Deus, é preciso parar de brincar com a vida das pessoas. É preciso entender que segurança pública não se faz apenas mudando nomenclaturas de instituições ou a pintura de prédios, muitos menos com discursos enfadonhos, que só convencem incautos, nem transferindo distritos policiais de um lugar para outro da cidade, tampouco os fundindo. Vai mais longe.
Em vez disso, as autoridades responsáveis pela segurança da população, deveriam dotar as unidades policiais de estrutura adequada, para que os profissionais nelas envolvidos (delegados, policiais civis, investigadores, escrivão e agentes administrativos) possam desempenhar suas atribuições com mais eficiência e celeridade, buscando, sempre, levar mais tranqüilidade à sociedade.
A população portovelhense, de modo especial, e a rondoniense, de modo geral, está sendo atrozmente agredida pelos seus inimigos sociais. Torna-se urgente responder a essa gente com todas as armas postas ao dispor da polícia e da justiça. Para isso, é imperioso que o governo volte as suas vistas para o problema, dando-lhe a mesma prioridade e atenção por vezes concedida a assuntos muito menos relevantes.
Inadmissível, portanto, é o crime continuar tripudiando sobre a população, sem que se sinta da parte de quem de direito a menor palavra ou gesto de preocupação. Alguma coisa de concreto precisa ser feita. E já! Nesse sentido, os cumprimentos do colunista ao titular do 8º DP, delegado Figueiredo, e toda a sua equipe, pelo trabalho que vem realizando a frente daquela delegacia, apesar da carência de elementos materias para combater o crime.