Enquanto políticos brigam pelas eleições de 2010, povão morre nos Hospitais Públicos de Dengue e outras moléstias / Por: João Serra Cipriano

Enquanto políticos brigam pelas eleições de 2010, povão morre nos Hospitais Públicos de Dengue e outras moléstias / Por: João Serra Cipriano

Enquanto políticos brigam pelas eleições de 2010, povão morre nos Hospitais Públicos de Dengue e outras moléstias / Por: João Serra Cipriano

Foto: Divulgação

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Por falta efetiva de ação dos governantes, inclusive os membros da bancada federal, para combater as doenças típicas de verão, dengue, dengue hemorrágica e viroses, milhares de rondonienses estão neste momento baixando nas Unidades Públicas de Saúde vítimas da inércia e em alguns casos, até pela corrupção nos gastos dos recursos destinados para combater tais epidemias.

O Ministério Público tem que intervir na forma de gastos dos recursos federais para combater a dengue, já que muitos governantes estão resumindo em fazer “mídia” e até promoção pessoal e deixando de elaborar as chamadas “forças tarefa de campo”.

Mais vergonhoso ainda, é que já falam em mais de 30 óbitos e mais de 10 mil casos nos 52 municípios só em janeiro de 2010 e a nossa classe política anda pelos quatro cantos do Estado falando em se candidatar para senador, para governador, para deputado e outros tentam a qualquer custo empurrar DILMA-PT e ignoram as suas obrigações de colocar em prática os programas sociais preventivos para as epidemias de verão ou no casso da bancada federal, ouvir as demandas dos prefeitos e em conjunto, buscarem novos recursos no Ministério da Saúde para o enfrentamento da “dengue”, exercendo assim o mandato que ainda cumprem!

Outro fato importante a ser ressaltado é que a maioria dos prefeitos estão jogados as traças e outros alcaides, dos grandes municípios com grande arrecadação, que tem muito dinheiro em caixa, ignoram o povo, saem de férias para o nordeste, jogando com o tempo para não gastar grana com saúde básica e preventiva, tudo, só para realocar para o setor de obras e infra-estruturas os recursos disponíveis nas contas, que neste caso, dá retorno eleitoral e caso contrário, dá acordos com empreiteiros.

Mais grave ainda, é que o problema social de falta de médicos, leitos e medicamentos na rede pública são antigos e todos os anos assistimos as mesmas desculpas de que estão providenciando concursos para contratar novos profissionais para o setor da Saúde. “A maioria dos prefeitos adiam a contratação de profissionais na quantidade adequada para sobrar dinheiro vivo para obras e outros prefeitinhos não tem orçamento nem pra pagar enfermeiras”.

Nestes casos envolvendo a saúde pública, as culpas recaem ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público que tem por obrigação zelar pelos gastos corretos do erário e principalmente de fiscalizar o clamor com as metas e demandas sociais e se os políticos eleitos estão cumprindo. Infelizmente estamos assistindo as contas dos nossos governantes sendo aprovadas com “louvor” e as mazelas sociais de saúde, segurança e de infra-estruturas em saneamento piorando ano após ano e ninguém sendo responsabilizado, sendo que, os orçamentos são cada vez maiores para os ordenadores.

Os recursos de compensação das Usinas, boa parte estão sendo empregadas de forma politiqueira e só para gastar a grana rápida, sem ouvir os técnicos que fazem a saúde no dia a dia. “Chegam às empreiteiras, colocam tapume e começam a quebrar calçadas, pisos e pintam tudo como se realmente estivessem fazendo as adequações necessárias e ainda, não compram equipamentos modernos, não compram remédios e não contratam mais médicos e enfermeiras.” Desabafam os profissionais das Unidades Médicas que cumprem escala diuturna para dar conta das demandas crescentes. 

A grande verdade é que os recursos e os programas acabam ficando dispersos, sem uma efetiva fiscalização dos resultados permanentes e só atuam quando vira caso de polícia com inúmeros óbitos de dengue hemorrágica pelos quatro cantos do Estado e aí, começam as cenas de acusações; Prefeitos jogando a culpa no governador, governador jogando a culpa nos prefeitos, Ministro jogando a culpa nos Estados e Municípios e por fim, vem uma mídia (propaganda caríssima) em todos os meios de comunicação dizendo que a culpa é do povo que não limpa as ruas, não limpa os quintais, não fazem saneamento básico e resta: caixão e lagrimas para a população.

    O autor é jornalista e suplente de deputado federal pelo PSB-RO.

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