Número de crimes entre jovens cresce na capital e Coordenadoria anuncia projetos

Número de crimes entre jovens cresce na capital e Coordenadoria anuncia projetos para trabalhar nas áreas mais afetadas

Da Redação

17 de Dezembro de 2009 às 11:58

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Número de crimes entre jovens cresce na capital e Coordenadoria anuncia projetos

Foto: Divulgação

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A atual gestão municipal de Porto Velho fundou há mais de dois anos, a Coordenadoria Municipal da Juventude, órgão que foi criado no intuito de ser o porta-voz dos anseios dos jovens muitas vezes esquecidos pelo poder público e interceder por eles perante a gestão municipal, porém desde a criação da coordenadoria nenhum trabalho de grande expressão e impacto social foi realizado.

ÍNDICE ALARMANTE

Uma questão que vem afligindo a sociedade portovelhense desde o início da aceleração do crescimento da capital é a violência que afeta milhares de jovens na capital. Em uma pesquisa realizada no mês de novembro desse ano pelo instituto Datafolha e divulgada pelo Ministério da Justiça, Porto Velho foi considerada a segunda capital do Brasil com maior índice de violência entre os jovens, ficando a frente apenas de grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro.

Em Porto Velho o setor onde essa situação fica mais evidente é a zona Leste da cidade, sempre muito conhecida por diversos atos de criminalidade estampados nas páginas policiais e nos programas de televisão locais que expõe diariamente a clara situação de banalização do crime que a cidade passa.

A zona Leste é atendida pelo 5º Batalhão da Polícia Militar que realiza todo o trabalho de combate e prevenção ao crime na área, segundo o Comandante do Batalhão, Major Alexandre Almeida, um trabalho ostensivo de prevenção e combate ao crime vem sendo realizado nessa área. A questão é que o trabalho da Polícia Militar vem sendo feito dentro da capital há muito tempo, mas os índices da violência continuam a crescer e principalmente entre os jovens.

AJUSTE DA COORDENADORIA

Em contato com o assessor executivo da Coordenadoria Municipal da Juventude, Jonathan Ramos, a reportagem do Rondoniaovivo questionou sobre o trabalho e como a coordenadoria vem agindo dentro dessa clara perspectiva de expansão da criminalidade entre os jovens portovelhense.

De acordo com Jonathan a coordenadoria foi uma ação inovadora que teve que passar desde a sua criação por situações de ajustes específicos de um gabinete administrativo, que visa representar a comunidade jovem de uma cidade como Porto Velho.

“A coordenadoria teve que se ajustar como órgão, além quebrar preconceitos intrínsecos na sociedade para que os jovens fossem vistos com o devido respeito pelos órgãos públicos, além dos ajustes dentro do próprio gabinete. Esses tipos de ajustes são obrigatórios em qualquer órgão novo, porém passamos essa fase e agora já vislumbramos grandes projetos de apoio e representatividade da juventude”, disse Jonathan.

GALERA NATIVA

Um dos carros chefes da Coordenadoria é um projeto com expectativas de início para o ano de 2010, denominado “Galera Nativa”, esse projeto visa realizar o primeiro grande trabalho da coordenadoria em cima de políticas públicas para os jovens da capital, especialmente os adolescentes da zona Leste, local onde existe uma maior exposição dessas pessoas ao crime, onde serão realizados trabalhos de conscientização dos jovens, qualificação profissional, acesso a cultura e vários investimentos na prevenção ao crime.

“Temos os levantamentos dos índices da violência que acontece entre os jovens na zona Leste, isso nos dá uma maior precisão para a realização do nosso trabalho, sabemos que é difícil mudar toda uma estrutura social que vem bem antes de nós nascermos, porém temos um objetivo claro no que pretendemos mudar nessa comunidade”, afirmou Jonathan.

Além dos projetos sociais a coordenadoria informou que irá ampliar em 2010 os projetos culturais que já vem sendo realizados, além de projeção da construção do Parque da Juventude, e apresentações culturais todo o mês no Mercado Cultural da Cidade.

A grande questão é que a cidade vem passado por transformações, tanto boas como ruins, o trabalho com a juventude precisa ser desenvolvido o mais rápido possível para evitar uma nova geração de excluídos, que irão continuar a encher os presídios da nossa capital ou continuar a matar e a morrer aos montes como revela as estatísticas.

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