A presidente da Associação de Moradores do bairro da Balsa, Francisca Queiroz Viana, criticou, no último final de semana, a ação do Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte (DNIT), que proibiu novas construções e até reformas nas residências localizadas às margens da BR-319, que estão ameaçadas de desapropriação.
Francisca Queiroz diz que lamenta a determinação do DNIT porque, involuntariamente, acaba pondo em risco a segurança de algumas famílias. “Tem casa que precisa de reforma urgente. Com a proibição do DNIT, as famílias que vivem nessas casas ficam em perigo”.
Com apoio do advogado e vereador Giuliano Viecili (PMDB Candeias), a associação impetrará ação judicial para invalidar a proibição imposta pelo DNIT. Giuliano diz que os moradores que poderiam melhorar um quarto para alugar, ganhando assim um dinheiro extra, ficam de mãos atadas. “A comunidade do bairro da Balsa vive em clima de insegurança e terrorismo”, salienta o advogado.
Outro ponto criticado por Francisca Queiroz e que é alvo de contestações também de parlamentares e do presidente da Associação Comercial de Porto Velho, Vanderlei Oriane, é a construção da ponte sobre o Rio Madeira para interligar a BR-319. Segundo a líder comunitária, como está prevista no projeto, a ponte trará transtorno para o trânsito e para quem reside nas proximidades da rodovia.
“O DNIT está ignorando o lado social”, acentuou Francisca. A opinião da presidente da Associação de Moradores também passa a ser defendida pelo deputado federal Mauro Nazif (PSB), que prometeu reforçar a luta pela mudança de local da ponte e pela revisão de valores dos imóveis. “O lado social tem que ser avaliado em primeiro plano”, disse o parlamentar.