ANIVERSÁRIO DO MUNICÍPIO - Música no asfalto Por: Altair Santos (Tatá) (*)

“Mesas e cadeiras na rua, era sala de visitas da cidade. Lá, as pessoas cantado os refrões, amigos rememorando fatos e causos, debatendo o presente, o futuro... que bom Porto Velho assim livre, artística, cultural, que bom!”

ANIVERSÁRIO DO MUNICÍPIO - Música no asfalto Por: Altair Santos (Tatá) (*)

Foto: Divulgação

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“Mesas e cadeiras na rua, era sala de visitas da cidade. Lá, as pessoas cantado os refrões, amigos rememorando fatos e causos, debatendo o presente, o futuro... que bom Porto Velho assim livre, artística, cultural, que bom!”
 
À noite, em meio a chorinhos e sambas, a pulsante e palpitante cidade porto fechou uma de suas mais movimentadas artérias (a Rua Carlos Gomes) e rendeu-se ao apelo da cultura popular. E assim, aos muitos, fomos lá pro meio da rua assistir e participar de mais um espetáculo cultural, dentro da programação de aniversário do município que se estende até o próximo mês de outubro. Na ensolarada tarde de sexta-feira (18/set), logo cedo, o movimento no Villas Bar e naqueles arrabaldes, antecipava o que mais tarde seria uma verdadeira confraternização em torno da boa música, ou seja, o encontro da cidade com os shows do Trio Cordas que Choram e Prisma Luminoso, num merecido parabéns pra você - homenagem ao município em seus 95 anos. A rotina do centro da cidade, à tardinha, sugeria outra coisa que não o apressado vai e vem, deixando exalar um aroma de poesia pelo ar que ia além dos limites fronteiriços do Villas Bar, adentrava as janelas dos carros e acometia os transeuntes num arrebatador convite para logo mais, no inebriante encontro. Nem bem a noite caiu e a confluência da Carlos Gomes com a Marechal Deodoro fora interditada, os primeiros notívagos começaram a se abancar nas mesas em pleno asfalto, ávidos por acordes de violão e cavaquinho, sedentos de cultura popular. O evento realizado pela Fundação Iaripuna foi uma overdose de regionalidade, de brasilidade musical. Na primeira metade da programação, Genézio, Nicodemos e Júnior Johnson, um trio de afamados chorões locais, luxuosamente acompanhados do baterista e professor Júnior Lopes, abriram a noite com um envolvente e amplo passeio pelo universo dos chorinhos folheando páginas musicais que foram de Valdir Azevedo a Jacó do Bandolim, para deleite da atenta e participativa platéia. Veio um breve intervalo, e o poeta, ator e educador popular Carlos Macedo Dias, o Mado, entrou em cena para uma rápida intervenção cênica, compondo um painel temático entre o passado e o presente, com retalhos históricos da cidade.  Era só um esquenta do ainda estava por vir porque, logo em seguida, o Bubú Johnson subiu ao palco ancorado num bem escolhido repertório, com variações melódicas que iam daqui pra lá e vinham de lá pra cá, ou seja: mesclando Paulinho da Viola e Dadá do Areal, Elton Medeiros e Bainha, Noel Rosa e Sílvio Santos, Chico Buarque e Ernesto Melo, num entrelaçamento perfeito entre a musicalidade que emana dos bambas daqui, com o som dos bambas de lá dos outros longes da nossa terra brasilis. Resultado: a cidade, ouviu, viu e percebeu que, mesmo com a pressa e turbulência do crescimento, ainda se pode interditar uma rua – lá no centro nevrálgico da cidade – para assentar bons e qualitativos programas culturais, num demonstrativo de que jamais pode, a nossa urbe, romper com esses marcantes legados culturais. E tão belo e importante foi que, os longes culturais do Brasil se fizeram mais que próximos, avizinhados, se fizeram presentes, possíveis e palpáveis, na singela - porém brilhante - providência e performance de alguns dos nossos gorjeantes artistas desse rincão karipuna.
 
(*) O autor é Pres. Fundação Iaripuna
 
 
 
 
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