Os estudantes do curso de medicina da Universidade Federal de Rondônia (Unir) desocuparam o Gabinete da Reitoria nesta quinta-feira à noite. Eles deixaram o prédio por volta das 20h50. Cerca de cem manifestantes ocuparam o Gabinete na quinta de manhã. Os acadêmicos exigiam o cumprimento imediato da pauta de reivindicações, discutida com o reitor da Unir, professor Januário Amaral, na última terça-feira.
Ainda ontem, o reitor, considerando um mandado de recomendação do Ministério Público Federal de Rondônia, revogou a portaria n° 099/GR, que constituiu uma banca examinadora para reavaliar as provas de candidatos que entraram com recurso contra o resultado do vestibular do curso de medicina.
No final da tarde, às 17h, foi realizada no Gabinete da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) uma reunião entre o reitor da Unir, a vice-reitora, professora Ivonete Tamboril, o secretário municipal de saúde, Williames Pimentel de Souza e a Comissão de Paralisação do curso de medicina para discutir estratégias para o cumprimento da Resolução nº 009/2006, do Conselho Estadual de Saúde de Rondônia, a qual determina prioridade de acesso aos alunos da Unir nas unidades de saúde municipais e estaduais.
O secretário municipal de saúde destacou que a Semusa é parceira da Unir e que o estágio para os acadêmicos de medicina da universidade terá prioridade nas unidades de saúde municipais. Para tanto, foi constituído um grupo de trabalho formado com representantes da Unir e da Semusa para elaborar um novo termo de cooperação entre as instituições que atenda as necessidades da universidade nos campos de estágio.
A Resolução nº 009/2006 também será objeto de discussão de uma reunião já agendada para a próxima segunda-feira (24), com o secretário estadual de saúde, Milton Moreira.
Para o final da próxima semana está prevista uma reunião em Brasília entre o reitor da Unir, membros da Comissão de Paralisação e a Secretaria da Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/Mec) para discutir a contratação de professores para o curso de medicina.
Apesar dos encaminhamentos já tomados, os acadêmicos ainda continuam em greve. A expectativa é de que após a reunião de segunda-feira, com o secretário estadual de saúde, a situação se normalize.