Permanece greve de servidores da saúde na capital; manifestantes dizem que movimento não é "eleitoreiro"

Permanece greve de servidores da saúde na capital; manifestantes dizem que movimento não é "eleitoreiro"

Permanece greve de servidores da saúde na capital; manifestantes dizem que movimento não é

Foto: Divulgação

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Entra pelo segundo dia consecutivo a paralisação dos servidores da saúde em Porto Velho, a manifestação foi retomada em frente ao Pronto Socorro e Hospital João Paulo II, na avenida Campos Sales, próximo a Vila da Eletronorte, região Sul da capital. O trânsito naquele trecho foi comprometido e fiscais da SEMTRAN (Secretaria Municipal de Trânsito) estão no local controlando o tráfego. Apenas um lado da pista foi liberada para manter o grande fluxo de veículos que transitam.

Os serviços essenciais nos hospitais na capital permanecem enquanto a greve perdurar. Os sindicatos Sindsaúde, Simporo e Sintraer apóiam a paralisação e junto aos servidores tentam chamar a atenção da comunidade em relação ao atraso da apreciação pelo Executivo Estadual do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).

Sobre a paralisação da categoria o secretário estadual da saúde, Milton Moreira, havia dito que não a aceitava porque prejudica a população e citou o João Paulo II, que, segundo ele, sofre com a superlotação de pacientes por falta de serviços básicos que deveriam ser prestados pela Prefeitura. Milton ressaltou que os mais de 5 mil atendimentos mensais não poderiam ser prejudicados "por outros interesses”.

Em contato com a reportagem do Rondoniaovivo, o técnico em enfermagem Joel Freitas, que presta serviço no Hospital João Paulo II, disse que não tem "outros interesses" do que não seja a aprovação da PCCR e a adequação salarial dos servidores da saúde. Segundo Joel, não existe questão "eleitoreira" na paralisação como foi apontado pelo Governo, em matéria veiculada ontem (03) na imprensa, de que dado em vista a anulação da eleição no Sindsaúde - ocorrida no dia 22 de dezembro de 2008 - através da intervenção da Justiça, a direção da entidade está sob júdice e atualmente conta uma comissão formada pelos três candidatos que disputaram a eleição passada.

MELHORIAS E CONDIÇÕES PRECÁRIAS NO JOÃO PAULO II

Joel disse que a luta pelos direitos de melhorias nos salários dos servidores vem de antes da eleição, segundo ele desde agosto do ano passado, quando a PCCR foi encaminhada ao Executivo esperando o parecer do governador Ivo Cassol para ajustes. "O Governo não toma providências em relação a isso, não adianta o governador justificar que não tem dinheiro para conceder o aumento salarial, mas no entanto, nós servidores observamos pacotes e pacotes de obras, com verbas milionárias sendo aplicadas em todo o Estado. E o investimento no funcionalismo público? Como fica?"

O técnico de enfermagem destacou inclusive a falta de condições no atendimento à comunidade no Pronto Socorro e Hospital João Paulo II. "É desumano o que acontece ali e não é falta de empenho dos servidores não, é que não temos estrutura física. Não se pode comportar tantos atendimentos em um local que não tem condições para dispobinibilizar garantias de tratamentos às pessoas. Falta investimento do governo na saúde", ressaltou Joel.

 "Aos médicos do  Estado foi concedido um aumento pelo Governo em quase 100%, com uma correção vergonhosa aos outros servidores da saúde. O edital que comprovou esse reajuste é uma das maiores vergonhas para a nossa categoria", disse o técnico de enfermagem.

PUNIÇÕES

Ainda na quarta-feira (03), o secretário Milton Moreira havia dito que diante da paralisação nas unidades de saúde e como forma de não prejudicar a população, manteria todas as escalas de atendimento oficiais e assinadas e puniria os trabalhadores que se ausentassem nesse período em vista da greve, descontando as faltas no salário e interrompendo o pagamento das parcelas do Plano Bresser, que segundo o secretário, há três meses estão sendo pagas pelo Governo do Estado.

Diante do posicionamento do secretário, Joel Freitas fez coro com outros servidores que estão na manifestação, dizendo que a greve constitui num direito deles para manifestar uma reivindicação que a categoria acha justa frente ao que já foi proposto ao Governo, através do PCCR.

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