O Seminário “Direitos Humanos em Cena”, que foi promovido pelo Governo do Estado de Rondônia, através da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seapen), na noite desta quarta-feira (29) reuniu diversas autoridades e representantes da sociedade civil em uma mesa de debate e também marcou a volta do Projeto “Reabilitando através da Arte” de onde se originou o Grupo Teatral Bizarrus.
“Eu me sinto realizado, dentro da condição humana, pois acredito na possibilidade do resgate. Tem quase oito anos e dentro dessa longa trajetória, uns 500 espetáculos, em todos me emociono. Quando eles trazem a história em etapas cronológicas da vida deles, da criança ferida de cada um, isso me remete a uma reflexão do aspecto humano, da necessidade de todos nós resgatarmos”, revelou emocionado o diretor da peça, Marcelo Felice, que estará formando um novo grupo de apenados para ensinar a arte do teatro.
De acordo com a programação, o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen/MJ), Maurício Kuehne, faria uma palestra com o tema “Direitos Humanos para Operadores do Sistema Penitenciário”. Contudo, por conta de novos compromissos em Brasília, teve sua ausência justificada, enviando como representante a Ouvidora-Geral do Depen/MJ, Kellyane Rodrigues, a qual fez parte da mesa de debates.
O secretário de Administração Penitenciária, Gilvan Cordeiro Ferro, classificou o Seminário como uma ação da política afirmativa do Governo de Rondônia perante as questões que envolvem o contexto penitenciário. “A apresentação do Bizarrus e as várias opiniões da mesa de debate serviram para unir cada vez mais as forças entre os Órgãos da Execução Penal, Estado e Sociedade para a questão prisional. Mesmo com o comprometimento pessoal do governador Ivo Cassol que vem trazendo melhorias ao Sistema, o Governo não pode sozinho, também é dever da sociedade participar do processo de cumprimento da pena, e por isso já ganhamos parceiros importantes como a Ong Acuda e o Sest-Senat”, enfatizou.
O vice-presidente da Associação Cultural de Desenvolvimento do Apenado e Egresso (Acuda), Adílson Carlos, falou de sua emoção no evento. “A noite foi proveitosa, é uma parte a mais da sociedade que participou e vai se sensibilizar e ver que o preso que está hoje é gente, e que amanhã quem pode estar lá é qualquer um de nós. E que tem jeito sim, quem esteve presente viu que a Acuda é tocada por ex-presidiários. Voluntariamente. Pessoas que deixaram suas famílias para estar aqui”, afirmou.
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