Amazônia já vacinou 32% do público-alvo da campanha contra rubéola

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Foto: Divulgação

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Balanço parcial do Programa Nacional de Imunizações (PNI) revela que o Amazonas já alcançou cerca de 32% da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde para evitar a disseminação da rubéola no país. O percentual representa quase 370 mil pessoas, incluindo populações ribeirinhas e indígenas que vivem nas áreas mais remotas do estado. Segundo a Secretaria de Saúde amazonense, até o momento a participação das mulheres é maior que a dos homens. Elas somam aproximadamente 39% do total de indivíduos que se vacinaram, contra os atuais 26% dos homens que procuraram as unidades de saúde para receber a Dupla Viral que, além da rubéola, também protege contra o sarampo.

As ações realizadas para vacinação no Amazonas e ainda no Pará, Acre e Mato Grosso do Sul, contam com o auxílio dos Ministérios da Saúde e da Defesa. O objetivo é garantir a imunização integral das populações que vivem na Amazônia, sobretudo nas áreas mais distantes e de difícil acesso. A ação conjunta com os dois ministérios e com os estados e municípios da região - denominada Operação Gota - garante a chegada das vacinas onde o acesso só é possível por avião, helicóptero ou barco. Os técnicos que participam da operação também avaliam e orientam o trabalho dos agentes de saúde que atendem à população.

No Amazonas, a Operação Gota concluiu ontem (28)  mais uma etapa de trabalho. Ao longo da semana, foram enviados aos sete municípios do Alto Rio Solimões - próximo à fronteira com o Peru e a Colômbia - 52,5 mil doses de Dupla Viral. A região foi priorizada nessa ação porque possui baixas condições socioeconômicas e pelas dificuldades de trânsito intermunicipal, que é feito apenas por via fluvial e pode durar até uma semana, dependendo dos trechos realizados. Nessa região, a vacinação não será limitada ao Dia D da Campanha (29 de agosto), mas segue outro calendário, que pode ser estendido até o fim do ano, se houver necessidade.

Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Marília Bulhões, os municípios mais centrais da Amazônia podem procurar a vacina nas unidades de saúde. Já as populações mais dispersas, que vivem em áreas rurais, poderão contar com as estratégias adotadas por cada município para chegar até elas. De acordo com Marília Bulhões, os resultados alcançados até então têm sido satisfatórios. Cerca de três milhões de vacinas foram destinadas para a região Norte. "Estamos acompanhando cada estado e os trabalhos estão caminhando bem", garante.

A coordenadora estadual de imunizações no Amazonas, Izabel Nascimento, destaca o apoio da Operação Gota para a região do Alto Solimões. Segundo a coordenadora, ao longo de 2006 e 2007, surtos de rubéola em diferentes áreas do país, com exceção da região Norte, colocaram o Brasil diante da necessidade de combater a doença.

"Está mais do que comprovado que a imunização deve chegar a todos e que devem se vacinar homens e mulheres para que o Brasil consiga eliminar em seu território o vírus da rubéola. Em relação à Amazônia, com a Operação Gota, vamos efetivamente imunizar as pessoas que vivem nas áreas mais distantes e que nós estávamos sem condições de chegar. É por isso que essa ação é tão importante para nossa região. Seria impossível, sem essa mobilização e os pelotões de fronteira, atingir da forma necessária esses municípios", afirma Izabel.

Em todo o país, de acordo com o Ministério da Saúde, devem ser vacinados 70 milhões de homens e mulheres, como estratégia para evitar a disseminação da rubéola que, em 2007, atingiu mais de oito mil pessoas em 20 estados brasileiros, sendo que, desse total, 70%, eram homens. No Amazonas, o último surto da doença ocorreu em 2000, atingindo os municípios de Apuí, Envira, Eirunepé, Carauri, Humaitá e Atalaia do Norte. A campanha nacional a ser realizada neste sábado (29) é para garantir a mobilização para erradicar a rubéola no Brasil e será encerrada no dia 12 de setembro. Só no No Amazonas, a meta é vacinar 1 milhão e 152 mil pessoas até o fim da campanha.

"Temos que oferecer à população a vacina adequada, dentro dos padrões e devidamente conservadas, principalmete porque em algumas áreas do Amazonas esses medicamentos podem levar até uma semana para chegar ao local de destino", diz Izabel Nascimento.

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