João Carlos Pereira Mata (30) foi o primeiro motorista do Acre a desobedecer à nova lei de trânsito que passou a vigorar na quarta-feira (20). Ele foi autuado em flagrante na Delegacia Central de Polícia por homicídio doloso e perdeu o direito de dirigir por um ano.
No início da madrugada de ontem, Mata, embriagado, dirigia em alta velocidade seu Currier, placas MZY-6570, na Avenida Ceará e colidiu contra uma moto, placa MZY-0370. Além disso, atropelou várias pessoas e parou em um caminhão.
No acidente, o motorista matou a estudante Janeide Alves de Souza (28) e provocou ferimentos gravíssimos no mototaxista José Wilson Evaristo do Nascimento (37) e em Maria Luciente Rodrigues de Magalhães (37), que estão internados na UTI do pronto-socorro.
Mesmo ferido, João Carlos fugiu do local do acidente, mas foi preso depois de uma perseguição policial. Com ferimentos, ele foi medicado no setor de emergência do pronto-socorro e em seguida levado para a Delegacia Central de Polícia, sendo autuado em flagrante pelo delegado Raimundo Odaci Néri, plantonista do dia.
O ACIDENTE
Por volta das 00h25 de ontem, a estudante Janeide Alves de Souza, que estava como passageira do mototaxista José Wilson, pediu que este estacionasse na frente da sede do Ssemurb, na Avenida Ceará, no bairro da Estação Experimental, onde iria participar de uma festa.
Estava pagando a corrida e conversando com a amiga Maria Luciete quando o carro desgovernado invadiu a área de estacionamento da pista e colheu os três em cheio. Janeide foi jogada contra o caminhão, placa MZN-6715, morrendo no local da ocorrência.
José Wilson e Maria Luciete sofreram ferimentos graves e fraturas, sendo levados para o setor de emergência do pronto-socorro. Segundo boletim médico expedido às 11 horas de ontem, corriam sérios riscos de morte. A mulher inclusive teria sido transferida para a UTI.
Quando policiais da Companhia de Trânsito chegaram ao local da ocorrência, o motorista João Carlos Pereira Mota tinha fugido e em seguida o prenderam. Visivelmente embriagado, ele se recusou a fazer o exame bafométrico, o que não o livrou da prisão em flagrante.
Testemunhas afirmaram que somente por milagre João Carlos não provocou uma tragédia ainda maior, pois, cerca de 10 metros depois, havia uma cem pessoas aglomeradas para entrar no clube. “Seguramente, ele dirigia a mais de cem por hora e foi o responsável por tudo”, opinou uma testemunha.