ARTIGO - E aí? Você é Curioso? - Por: Antonio Carlos Alberti

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Foto: Divulgação

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Lendo esses dias, dois artigos que saíram na imprensa nacional, analisando o ensino médio e a modernidade do cotidiano, refleti e concluí que devemos ser mais curiosos. ---- Você é curioso? Vamos fazer um teste! Responda --- como se faz macarrão? cerveja? picles? soro? massa de pizza? manteiga? extrato de tomate? vinagre? refrigerante? E aí? Acertou todas? Eu sei só duas:- cerveja e refrigerante. Sei por que fiz um curso alguns anos atrás. Uma fábrica de cerveja, num primeiro momento, é uma grande panela de pressão, sim panela de pressão, com ela, dá para fazer a loira bem gelada em casa. Você deve estar perguntando --- mas e o tal do mestre cervejeiro? Este fica parado o dia inteiro, defronte ao painel de comando das máquinas (o local chama, cozinha) das grandes cervejarias, apertando botão aqui e ali, lendo e controlando a temperatura. ---- O Mestre cervejeiro é um grande folclore. Como analisou uns dos artigos — “o comércio, é uma atividade que remonta os primórdios da humanidade, mas que nos últimos anos vem evoluindo em velocidade recorde. Fazendo uma rápida linha do tempo, a atividade comercial tem sua origem na venda de excedentes de produção própria provenientes de atividades artesanais. Com a revolução industrial, a fabricação em massa representou uma mudança de paradigma, onde o ser humano passou a ficar cada vez mais distante do domínio do conhecimento do produto. Além disso, ainda na primeira metade do século passado, a diversidade produtiva era limitada a poucas variantes, fazendo com que o consumidor tivesse poucas alternativas de opção entre mercadorias concorrentes ou similares”. Na atualidade, temos uma variedade de produtos, sendo que em muitos vêm agregados serviços, trazendo praticidade e comodidade, principalmente para as mulheres, onde é só pôr o produto por alguns minutos no microondas que está pronto. Assim, consumimos cada vez mais produtos e não sabemos como são feitos, sendo que sua qualidade e segurança alimentar nos garante um produto saudável, gostoso e seguro. Bom, ao mesmo, tempo ruim. Ruim, porque, como não produzimos no estado, importamos produtos de outros estados e exportamos recursos financeiros que poderiam ser internacionalizados (ficar) no estado, gerando mais empregos e renda. Temos que reverter esse quadro. As escolas, já no ensino fundamental deveriam focar, o “como funciona” e o “como se faz”, não só informando, mas despertando a curiosidade das crianças e jovens, os quais poderiam se interessar pelas diversas atividades e áreas na vida adulta, principalmente no campo da pesquisa e desenvolvimento, um dos alicerces para o desenvolvimento sustentável que almejamos. Precisamos urgentemente disso, o jovem tem pouca opção, não temos escolas técnicas de nível médio e pós-médio em quantidade, qualidade ideal e especificidades necessárias para dar passos firmes e direcionadores. As faculdades, instaladas em Ariquemes, ainda estão longe desse caminho, pois oferecem cursos de graduação normal, de atividades meio, que podem refletir na qualidade da mão-de-obra em algumas áreas, mas não direcionar para um futuro mais promissor, alavancador, formador e lapidador de curiosos, futuros descobridores de oportunidades. A atual administração municipal de Ariquemes tem ações e metas em curso, na substituição de importações (com foco na geração de emprego e renda), que é o programa de desenvolvimento das agroindústrias, e a Unir com os cursos de engenharia de alimentos e tecnólogo em laticínios, com previsão para o primeiro vestibular no final do ano, vem para ajudar nesse programa. É um começo, mas precisamos de mais, tanto de ações, programas, e mais entidades e escolas públicas e privadas envolvidas, desde a creche, passando pelo ensino fundamental, médio e principalmente escolas técnicas com atuação setorial (temos só a Emarc). Afinal Einstein, Newton, Santos Dumont, não eram só inteligentes, eram muito mais curiosos. Vamos formar curiosos, --- a curiosidade aguça o desconhecido --- conhecimento gera novos conhecimentos, e assim por diante. --- Ninguém segura esse povo! *VEJA TAMBÉM: * ARTIGO - “Os ladrões de Rondônia” - Por: Alessandro Lubiana * ARTIGO - Dengue: Um mal cada vez mais incidente - por Laís Bittencourt de Moraes
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