A possibilidade da renegociação da dívida do Beron, que custa mensalmente cerca de R$ 10 milhões ao Governo de Rondônia, recebeu um reforço nesta terça-feira, quando o governador Ivo Cassol se reuniu em Brasília com os senadores Aloísio Mercadante (PT/SP), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado Federal, e Romero Jucá (PMDB/RR), relator na CAE da apreciação do termo aditivo de re-ratificação do contrato de abertura de crédito e de compra e venda de ativos. O contrato do Beron foi celebrado em 12 de fevereiro de 1998, entre a União, o Estado de Rondônia e o Banco do Estado de Rondônia, com interveniência do Banco do Brasil.
“Essa dívida do Beron nos impõe um prejuízo enorme, minando a nossa capacidade de investimento e reduzindo a possibilidade de ampliação da nossa infra-estrutura. Temos esse processo que pede a revisão da dívida, que estava parado no Senado e foi retomado graças ao senador Expedito Júnior e mostramos aos senadores Mercadante e Jucá o quanto esse assunto é importante para Rondônia”, destacou Ivo Cassol.
O processo está parado na CAE desde janeiro de 2004, após o senador Mercadante, líder do Governo no Senado à época, pedir vistas. O senador Expedito Júnior, que acompanhou o governador, foi o responsável por retirar da gaveta o processo do Beron. “As esperanças estão renovadas e acreditamos que agora o cenário é diferente e vamos obter sucesso nessa empreitada”, completou Expedito.
Ivo Cassol mostrou aos senadores que essa dívida não pertence ao Estado, pois foi durante a intervenção do Banco Central que houve a quebra do Beron. “Uma dívida de pouco mais de R$ 40 milhões se transformou em mais de R$ 500 milhões, por causa da má administração dos interventores. Para Rondônia, sobrou a dívida e o prejuízo, que impedem investimentos em saúde, educação, estradas, segurança, agricultura, entre outros setores”, completou Cassol.
Acompanhado do Senador Expedito Júnior, o governador Cassol também esteve no Ministério do Desenvolvimento Agrário, onde tratou com o Ministro Guilherme Cassel sobre a questão fundiária do estado, convidando-o a comparecer para uma audiência pública na Assembléia Legislativa de Rondônia onde será tratado o assunto. “Devido a falta do título de propriedade, os agricultores que foram assentados não podem pleitear financiamento, não conseguem produzir”, disse Cassol ao ministro, que ficou de providenciar as medidas necessárias para resolver o problema.