Neste ano, o período de seca pode ser mais rigoroso em Rondônia. A estiagem, que geralmente só começa em junho, está se antecipando e o mês de maio já registra poucas chuvas no Estado. A previsão meteorológica é de que os próximos três meses (maio, junho e julho) tenham chuvas abaixo da média histórica.
Segundo análise e previsão das Divisões de Meteorologia e de Proteção Ambiental do Centro Técnico e Operacional (CTO) de Porto Velho, unidade do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), as poucas chuvas nos próximos três meses representam um alerta, já que influenciam diretamente no nível dos rios e na umidade atmosférica.
O período chuvoso que recém terminou trouxe alguns cenários também preocupantes para Rondônia. Os rios que são influenciados somente pelas chuvas que ocorrem dentro do próprio Estado de Rondônia não tiveram cheias significativas. Desde o começo do ano, as chuvas estão abaixo da média histórica em praticamente todo o Estado. Consequentemente, os níveis destes rios ficaram abaixo da média.
A Divisão de Proteção Ambiental esclarece, entretanto, que durante o período chuvoso os rios Mamoré, em Guajará-Mirim, e Madeira, em Porto Velho, tiveram cheias significativas como consequência das chuvas que ocorreram no Peru e na Bolívia. Diferente dos demais, estes rios são influenciados por chuvas dos países vizinhos, sendo que as chuvas que caem em Rondônia têm pouca influência sobre eles.
A previsão de poucas chuvas e rios secando mais cedo são fatores que preocupam pelas conseqüências sócio-econômicas, já que os rios servem para abastecimento de água, meio de transporte, irrigação e geração de energia. Com menos umidade atmosférica e água disponível, as queimadas também podem se antecipar e se intensificar, deixando a saúde da população mais vulnerável aos seus efeitos, principalmente quanto à fumaça.
Oficina Pré-Seca
Todos estes fatores serão apresentados e discutidos durante a Oficina Pré-Seca, evento que ocorrerá na primeira semana de junho no CTO de Porto Velho (Sipam) e servirá para articular todos os órgãos públicos que atuam no combate e prevenção às queimadas. A escassez dos recursos hídricos em qualidade e quantidade, assim como os problemas para a navegação, também farão parte dos temas a serem discutidos durante a oficina. O objetivo é que neste ano, mesmo com a seca mais rigorosa, os resultados das ações conjuntas das instituições sejam eficientes.
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