Moradores ribeirinhos do Distrito de Surpresa, município de Guajará Mirim, estão preocupados pela grande quantidade de peixes mortos que estão descendo pelos rios Guaporé e Mamoré. >>>
Moradores ribeirinhos do Distrito de Surpresa, município de Guajará Mirim, estão tristes e preocupados pela grande quantidade de peixes mortos ou moribundos que estão descendo pelos rios Guaporé e Mamoré.
Muitos deles são raias, piraíbas e pirararas. Também tem sido vistos mortos botos rosas, diversas sucuris e inclusive jacarés, suspeitando que se alimentaram dos peixes mortos.
Porém a maioria são peixes de couro, peixes que ficam mais no fundo das águas. Pelo qual se suspeita de algum veneno o material pesado que esteja descendo pela correnteza.
Alguns moradores acham que boa parte dos peixes mortos procede do boliviano Rio Machupo, que deságua pouco acima do Forte Príncipe da Beira, no município de Costa Marques.
“Parece que a alagação atingiu uma zona de floresta que tinha sido tratada com veneno e que ninguém achava que ia alagar”. Declarou um morador de Nueva Brema, no Rio Blanco. Este ano o Departamento boliviano do Beni, incluindo Trinidad, a capital, sofreu grandes alagações. O nível das águas na Boca do Guaporé (também chamado Iténez) atingiu cotas que fazia anos não ficavam submergidas.
O problema preocupa as comunidades das numerosas áreas indígenas atindigas, como a A.I. do Guaporé e de Sagarana, no Brasil, e os indígenas moré, joaquinianos e itonamas, na Bolívia. Pois o peixe é um dos elementos principais da alimentação.
Representantes do Ibama de Costa Marques confirmaram que a mortalidade de peixes já se produziu em semanas anteriores, desconhecendo a causa dela.
O problema ameaça a sobrevivência e a saúde dos ribeirinhos dos Rios Guaporé e Mamoré, e parece que algumas piraíbas moribundas têm sido capturadas e vendidas em Guajará Mirim (Ro) sem controle.