Apesar da resistência de alguns panificadores, muitas vezes estimulados por consumidores, a prática da venda do pão por peso é uma medida definitiva e veio para ficar. A afirmação é do presidente do Sindicato das Indústrias da Panificação (Sindipan) Pompeu Vieira Marques, que está numa verdadeira cruzada, em parceira com o diretor do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), Ronaldo Lessa, por diversas cidades do interior, esclarecendo aos empresários sobre a necessidade de cumprir a Portaria do Inmetro, que instituiu a nova modalidade na vendo do pão francês, a partir de outubro de 2006.
Quando a Portaria entrou em vigor, foi dado um prazo de 60 dias para que as panificadoras se adequassem à nova determinação. Esgotado o prazo, alguns estabelecimentos ainda resistem e insistem em comercializar o produto por unidade.
“Para evitar a punição, entramos num acordo com o Ipem e estabelecemos uma parceira, pela qual estamos visitando as empresas em seus próprios municípios, a fim de darmos as informações necessárias. Estamos explicando que se trata de lei e lei é para ser cumprida. Vamos fazer de tudo para que não haja autuação, vez que o valor da multa, dependendo do porte da empresa, pode até mesmo inviabilizar o negócio”, alerta Marques, acrescentando que “por enquanto, nenhuma panificadora foi autuada por desrespeito à Portaria”.
Consumidor
Com relação ao consumidor, geralmente o motivador para que a lei não seja cumprida, Marques explica que não houve nenhuma mudança na forma de pedir o pão, nem no preço pago. “O consumidor pode pedir o pão como quiser, por unidade ou peso. Cabe, entretanto, ao vendedor, a obrigação de pesá-lo. Não houve alteração no preço desde 2003. A sugestão de preço na época era de R$ 0,30 o pãozinho de cem gramas e R$ 6 o quilo. Prevaleceu o valor do quilo a R$ 6, embora um grande número de panificadoras tenha reduzido esse preço para R$ 5,50 o quilo. Como se vê, absorver a mudança é uma simples questão de cultura”, explica.
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