Os resultados positivos alcançados pela Funasa na saúde indígena foram expostos, pelo presidente da autarquia, Danilo Forte, durante a audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados, sobre subnutrição de crianças indígenas.
Segundo Forte, o padrão adequado de alimentação e nutrição está entre os fatores que garantem qualidade de vida à população indígena. "Temos parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e com a Fundação Nacional do Índio (Funai) para a distribuição de cestas básicas às comunidades no Mato Grosso do Sul", acrescentou o presidente durante a audiência do último dia (05/03).
Ainda segundo Danilo, os óbitos infantis ocorridos em Dourados entre 2005 e 2007 vão além da desnutrição, mostram um lado mais perverso: a fome social.
Apesar disso, assinalou Forte, os números registrados nos últimos três anos mostram que as ações técnicas desenvolvidas pela Fundação vêm surtindo efeito positivo. No Pólo-base de Dourados, a mortalidade infantil registra queda. No ano de 2002, o número de mortos em decorrência de várias doenças - para cada mil nascidos vivos -, era de 46,31.
Desde o estabelecimento da política nacional de saúde indígena, identifica-se a tendência de crescimento populacional com incremento anual de 4,6%. No período de 2002 a 2006, o acumulado foi de 18,5%. Com relação ao índice de nascimento, a variação foi respectivamente de 3,3% e 13,1%, no mesmo período. Já a população indígena cadastrada no Sistema de Informação da Atenção à saúde Indígena (Siasi), em 2007, é de 488.441 índios.
O aumento da população total demonstra o impacto da redução na mortalidade, à evolução no número de nascimentos e, também, os acertos na condução do subsistema de saúde indígena, como processo de reafirmação étnica, e mudanças na aceitação da diferença e respeito à cultura destes povos, estabelecidas na constituição de 1988.
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