A Polícia Federal apresentou ontem (09) o amazonense Aluizo Ferreira de Aguiar, preso na quinta-feira (08) à noite em cumprimento a mandado de prisão temporária de 30 dias. Ele foi apontado como um dos homens que atacaram a tiros um grupo de trabalhadores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis), em novembro do ano passado, numa área de preservação de quelônios na localidade de Santa Fé, região do Baixo Rio Branco. Uma pessoa morreu e duas ficaram baleadas.
*A prisão foi pedida depois de várias diligências realizadas na região do Baixo Rio Branco, além de Boa Vista e na cidade de Manaus, em pouco mais de cem dias de investigação. Aluizo foi levado para a sede da PF, onde prestou interrogatório e ontem pela manhã e logo após foi entregue na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. Os policiais continuam realizando diligências para identificar e prender os outros homens que estavam com Aluizo.
*Conforme o delegado executivo Ivan Herrero, Ferreira se mostrou frio e negou qualquer envolvimento com o ataque aos trabalhadores do Ibama. O delegado disse que o acusado foi reconhecido, o que deu certeza de seu envolvimento nos crimes. Antes de ser levado para o presídio, Aluizo foi apresentado à imprensa, mas voltou a negar a acusação de participar do grupo de traficantes de tartarugas que mataram o colaborador do Ibama, José Santos Cruz, apelidado de Pimenta. Também do atentado contra a vida de outro colaborador, Josué Melo Silva e do funcionário do órgão federal, Raimundo Pereira da Cruz, que ficaram baleados.
*De acordo com o delegado, Aluizo Frreira faz parte de um grupo de caçadores que são contratados por proprietários de restaurantes e comerciantes de Manaus que exploram o comércio ilegal de quelônios. Disse que a negativa de crime é uma tática usada por membros desse tipo de quadrilha para não comprometer o restante do bando.