O chefe de equipe da delegacia de Plácido de Castro, Juracir Mezer Bezerra, teve que fazer o registro de uma queixa nada comum e que, durante longos anos de polícia, nunca tinha se deparado com um problema como aquele.
*O operador de trator João Viturino dos Santos Júnior compareceu na manhã de terça-feira (23), pedir que a polícia encontre uma maneira de resolver o problema da movimentação de um milhão e duzentos mil que depositaram em sua conta corrente no Banco do Brasil, cujo dinheiro não lhe pertence. Nem sabe a origem e tão pouco quem teria depositado.
*A reportagem de O Rio Branco estava fazendo uma investigação em outra matéria, no Centro Integrado de Polícia de Plácido de Castro, quando o rapaz foi registrar a queixa. Tímido, e de pouco papo, ele disse que a polícia precisa encontrar uma forma para fazer alguma coisa, porque não quer o que não lhe pertence. Prefere não ser identificado, através de fotografias, temendo ser perseguido por algo que não deve.
*Segundo João Viturino, ele ganha R$ 500 por mês, como operador de trator. Queria fazer um empréstimo para ajudar nas despesas do tratamento do seu pai, que está praticamente desenganado. Não conseguiu porque o banco lhe indagou sobre o porquè dele querer fazer um empréstimo de R$ 20 mil se tinha R$ 1.200.000 (Hum milhão duzentos mil) em sua conta corrente.
*Como o depósito teria sido feito na cidade de Boca do Acre –AM e ele reside em Plácido de Castro, sem poder fazer algo para provar que não foi o próprio quem depositou o dinheiro, o jeito foi procurar a polícia. Quer logo que a sua conta seja liberada para ver se consegue o empréstimo para ajudar nas despesas do tratamento do pai, que tem o mesmo nome.
*Um funcionário do BB de Plácido de Castro, educadamente, disse que pouco tinha a informar, deixando claro que, este tipo de assunto deve ser tratado com a gerência que, naquele momento, não podia atender a reportagem. Houve a informação que nestes casos o banco faz o devido rastreamento para depois se posicionar para saber quem teria depositado o referido montante na conta do reclamante. Sabe-se que depósitos, quando é feito em quantia com valores altos, são efetuados por via de ordem bancária e não em dinheiro em espécie, porque hum milhão e duzentos mil é muito dinheiro para uma cidade como Boca do Acre.