ARTIGO - Eu quero Pró-Calvície - Por Hamilton Lima

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Foto: Divulgação

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* Estou revoltado com a omissão do governo federal em relação aos portadores da Síndrome de Deficiência Capilar, vulga calvície ou careca, como é conhecida nos meios populares. Desde o governo de Fernando Collor de Mello, um neoliberal sem experiência séria de governo, a atitude dos ministros da saúde tem sido omissa. *Comovido com a saúde dos bancos, um dos segmentos que mais oprime os empresários e trabalhadores brasileiros, Fernando Henrique Cardoso criou o Proer - Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional, um programa que sabiamente transferiu dos cofres públicos para a iniciativa privada especulativa mais de 30 bilhões de reais. Os números podem variar se for levada em conta a paridade com o dólar. Precisam de uma análise mais detalhada. *Com este programa de saúde financeira foram salvos os banqueiros da Febraban, um grupo de senhores que realmente precisam de atenção especial. *Mais tarde o governo federal também interveio no minúsculo e opaco Banco do Estado de Rondônia e transformou sabiamente uma dívida de pouco mais de 50 milhões de reais em pouco mais de 500 milhões de reais, assegurando o subdsenvolvimento de Rondônia durante alguns anos. Isto também no governo FHC, um dos melhores que já tivemos em nível intelectual. *Também no governo FHC descobrimos que existiam os bancos Marka e Fonte Cindam, que puderam operar e lesar investidores sem que o Banco Central percebesse, já que os diretores daquela instituição tomassem providências compatíveis com seus cargos. O povo pagou novamente. * Assim as coisas foram andando. Nosso período agradável de oito anos sob administração liberal de FHC renderam muito a alguns grupos, porém como a economia brasileira faz parte de um contexto maior, muitos grupos privados acabaram sendo prejudicados, caso das empresas de comunicação social, notadamente jornais, revistas, grupos televisivos, gente da melhor espécie. *Foi nesse contexto que chegaram a sugerir o Pró-Mídia, um programa especial para salvar os empresários que mais se alimentaram nas tetas federais ao longo da história brasileira. Dívidas pequenas foram acumuladas pelo setor, algo em torno de 10 bilhões de reais, e o governo federal, já no período FHC, não quis mexer com isso. O máximo que se especulou fazer no governo Lula foi emprestar 400 milhões de reais para a Globo, via BNDS. Como esmola não interessa, o governo comprou briga com a mídia. * Como se vê, uma estrutura governamental capaz de socorrer a saúde financeira de bancos e empresas de comunicação comercial, desculpe, social, também é incapaz de fazer investimentos na área social, como saneamento básico, combate à dengue, aids, tuberculose, verminose e outras doenças nojentas de pobres, inclusive calvície. * O número de calvos no país é pequeno, talvez uns vinte milhões, já que as estatísticas são mal feitas. Por isso já se justificaria um investimento maciço em clínicas especializadas e até com algum superfaturamento, só pra justificar uma CPI. Assim eu teria chance de ser atendido como figuras importantes como Antônio Carlos Magalhães, Alckin, Marcos Valério, Esperidião Amin, pessoas que merecem atenção especial do governo federal. Claro, outros ilustres desconhecidos como eu e essas pessoas poderiam ser atendidos. Assim teríamos um programa sui generis, o Pró-Calvície, um programa capaz de fazer a cabeça, com função estética mais decente do que o Proerd e o Pró-Mídia. Não é pedir demais. É uma alternativa para quem perde os cabelos vendo a inépcia da sociedade que fica calada quando os grupos econômicos ferem a pátria com os auspícios do governo e da falsa intelectualidade da classe média. *Hamilton Lima é professor universitário
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