Proprietário de barco afundado culpa balsa pela tragédia

Proprietário de barco afundado culpa balsa pela tragédia

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Foto: Divulgação

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?Nós não tentamos ultrapassar. Foi o comandante da balsa que encostou perto de nós. Inclusive, estávamos bem distante deles, cerca de 20 metros. Estávamos seguindo tranqüilamente antes que a balsa se direcionasse contra nós e aconteceu o acidente?, declarou o proprietário da embarcação Almirante Sergimar que naufragou na última quinta-feira (29), Rossinaldo Rossi (foto) (45). *Segundo Rossi, o comboio da empresa Passarão estava totalmente irregular, e as informações sobre a tentativa de ultrapassagem são falsas, uma vez que, segundo ele, seu barco estava seguindo normalmente o percurso quando a balsa bateu na proa. *De acordo com o montador naval Edson Rodrigues (54), quando se trata de balsa do comprimento de Felipe LII, o comboio deve disponibilizar quatro instrumentos para facilitar a visão do comandante para garantir a segurança da embarcação: radar, sonar (aparelho medidor de profundidade), farol de busca (holofote) e rádio. ?Qual o limite dado pelas autoridades para embarcação do porte da empresa Passarão da beira do rio ao leito tratando-se do comprimento daquele comboio?? questionou. *Há várias interrogações sobre a verdadeira causa do acidente. Em sua versão, Rodrigues contou que a balsa não tinha um ?proeiro? com rádio para informar ao comandante o que se passa na frente. Ele disse ainda, que as balsas da Passarão já estão comprometidas com a Justiça devido imprudências e negligência dos comandantes. *Rossi relembrou os momentos de dor e sofrimento que passou durante o naufrágio e garantiu que o comandante da balsa não prestou atendimento necessário aos náufragos. ?Ele pode até ter desligado as maquinas, no entanto, não prestou atendimento. Se não fosse a ajuda do barco Lírio do Mar II, não sei o que teria acontecido?, relembrou. *?Estava com o meu amigo Marcelo - que faleceu - na área de lazer do barco e ficamos observando a aproximação do comboio. De repente, em questão de segundos, fomos atingidos. A balsa atingiu a parte traseira do barco, levando-o para baixo. Sobrevivi por milagre?, destacou Gleidson Machado (28). *Outro sobrevivente, o tecnólogo Marcos Honorato (34), ainda estava atônito com tudo que havia acontecido. Ele disse que no momento do acidente, estava próximo da caixa d?água do Almirante Sergimar e pôde observar a imprudência do comandante da balsa. ?A balsa vinha se aproximando sem controle. O comandante quis se direcionar para o meio do rio e acabou se precipitando e bateu na traseira do barco sem ver a luz. O mais surpreendente é que ele (o comandante) não prestou socorro aos acidentados?, destacou. *O capitão-de-mar-e-guerra da Capitania dos Portos, Edlander Santos, informou que não poderia manifestar opinião sobre o caso do naufrágio alegando que poderá comprometer as investigações. ?Todas as circunstâncias do acidente serão apuradas. Iremos ouvir todas as partes envolvidas para então, julgar pelo Tribunal Marítimo?, declarou o capitão destacando ainda que há normas específicas para o funcionamento do transporte marítimo. Segundo o vice-almirante, Gerson Ravanelli, 44 pessoas foram resgatadas com vida, 16 corpos foram encontrados e sete pessoas ainda estão desaparecidas. *?Desde o dia 29, quando a Marinha foi acionada, as buscas têm sido intensas. Hoje, temos uma equipe que está trabalhando direto com dois navios patrulhas fluviais, 10 mergulhadores da Marinha e uma lancha de grande porte?, declarou. *Na Capitania dos Portos foi montada um centro de atendimento (2123-4900), onde familiares das vítimas que ainda não foram encontradas podem receber mais informações e também para aquelas pessoas que querem prestar depoimentos no inquérito. *Para ele, a causa do acidente só será descoberta quando o inquérito estiver pronto em 90 dias. ?Não podemos tirar conclusões precipitadas, não trabalhamos com achismo?, frisou. Ravanelli comenta que vários meios de comunicação estão publicando informações falsas, baseadas em depoimentos de pessoas que não conhecem o assunto. ? A embarcação não estava irregular e continha 68 passageiros, número permitido pela Capitania?, conta.
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