Livro sobre presídio Urso Branco discute ressocialização de presos e fim do cumprimento de penas
*Lançado no último dia 28, o livro “Urso Branco – A porta do Inferno”, escrito pelo engenheiro agrônomo Jorge Paulo de Freitas Braga, já pode ser encontrada nas principais livrarias de Porto Velho e apresenta à sociedade rondoniens uma visão objetiva sobre a situação prisional da Casa de Detenção José Mário Alves da Silva.
*Notoriamente o livro chamou a atenção da mídia e da comunidade por retratar um dos grandes problemas sociais brasileiro, a falência do sistema carcerário, que se sustenta em ações paliativas e que não escondem suas deficiências em grande parte dos presídios brasileiros.
*O autor Jorge Paulo discorre sobre um tema polêmico mas também elucidador sobre a situação de risco que ocorre na mais violenta casa de detenção do Estado de Rondônia, motivo de críticas e referências a extrema violência de suas rebeliões, como a que ocorreu em abril de 2004 e virou matéria nacional e internacional, com cabeças cortadas em cima da caixa d’água ou pedaços de corpos sendo arremessados do telhado, em um cenário de barbárie e flagelo.
*No livro Jorge Paulo aborda com minúcias as histórias reais e os bastidores de algumas rebeliões ocorridas dentro da Casa de Detenção José Mário Alves da Silva, o Urso Branco, ressaltando as falhas decorrentes dos motins, com destaque principalmente a de 2002, onde ocorreu uma demanda de notícias “escabrosas” sobre a situação prisional dentro daquela “casa”.
*No final de 2001 o número oficial de mortos dentro do presídio Urso Branco após a rebelião foi de 21. Oficialmente desde a inauguração do Urso Branco, em 19 de maio de 1999, de acordo o Gerente do Sistema Penitenciário da Seapen, Luiz Pereira, foram registradas 66 mortes de apenados, ocorridas em chacina ou rebeliões. São dados que rodeiam e dão vazão às indicações de fatos reportados por Jorge, que não poupa críticas quando aponta as falhas e omissões do poder público. Considera também dentro do seu livro a situação intensa da falta de ressocialização dos apenados dentro do presídio, onde, segundo ele, são abandonados à própria sorte.
*No lançamento do seu livro na Casa de Cultura Ivan Marrocos, ocorrido na última quarta-feira (28/07), Jorge Paulo advertiu que a sua obra não faz defesa de bandidos ou mesmo dos presidiários que se encontram encarcerados naquela “Casa”, mas sim uma análise crítica e objetiva sobre o fim do cumprimento de pena dos mesmos dentro da Lei de Execuções Penais.
*O livro “Urso Branco a Porta do Inferno” (Editora ABG - 1ª Edição ) pode ser encontrado na Loja do Livro, Livraria do Shopping, Revistaria Central e Livraria Nobre. Para quem tiver interesse em manter contato com o autor o seu e-mail é: jorgepaulobraga@hotmail.com.