Se é para construir um estádio novo para 15 ou 20 mil torcedores, sabe lá quando, com o estado precisando desembolsar de 15 ou 20 milhões, vamos ampliar o Aluízio Ferreira – está em área privilegiada, no centro comercial.
Foto: Divulgação
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Até que ponto chegamos! Ter que levar nosso jogo pela Copa do Brasil para outro estado por falta de estádio para atender 5 mil torcedores. Repito 5 mil torcedores. O leitor-torcedor deve estar calejado de presenciar a desmoralização do futebol rondoniense pelo Brasil afora.
Chegamos em pleno século 21 com um estado pujante, crescendo a todo vapor, dinheiro entrando pelas tabelas e o futebol morrendo a míngua, por falta de visão administrativa.
Alguém poderia me lembrar, mas o futebol não é mais o carro chefe de todos os esportes? Não somos mais o país do futebol? Rondônia não está mais no mapa brasileiro? Não temos senadores, deputados, governadores, presidente de federação de prestígio? E por que então estão deixando a Copa do Brasil sair do estado por falta de estádio para 5 mil lugares?
Falta de vergonha ainda é pouco para se qualificar tal falha. É desmoralização mesmo, não só para quem dirige nosso futebol, como para nossos representantes no Senado Federal, Câmaras dos Deputados Estaduais e Federais. Deixar o torcedor rondoniense passar por tal vexame é sofrer triplamente: sem futebol, sem estádio e sem projetos para solucioná-los.
Com 5 milhões de reais podemos ampliar para 10 ou 15 mil lugares o nosso Aluizão, Biancão, Valerião, Portal da Amazônia ou Aglair Tonelli. Dinheiro que poderia vir dividido do Ministério do Esporte, da CBF, do governo e de empresas privadas ou Usina de Santo Antonio. Estou certo ou errado? E não precisa ser uma Arena da Floresta ou do Atlético Paranaense. Basta ter arquibancada que o futebol vai fluir em pouco tempo.
Agora, perder a sede de jogos da Copa do Brasil é o fim da picada, é desprestígio mesmo. Prestígio quem teve foi o saudoso ex-governador Jorge Teixeira – pedia verba para o transporte, educação, saúde, infra-estrutura e no dia seguinte o dinheiro estava na conta. Isso é ter prestígio, reconhecimento porque mostrava trabalho.
Lamento que colegas da área esportiva não abram a boca para comentar, criticar ou sugerir que mazelas como essas continuem a emperrar o crescimento do futebol rondoniense. E todos sabem ser verdadeiro meus questionamentos em número e grau.
O futebol, além de ser uma grande inclusão social de lazer e entretenimento, é o mais concorrido mercado de lucros pelas grandes potências, e o Brasil acompanha esse ritmo de mercado de farturas. Mas Rondônia, para muitos, parece não fazer parte desse contexto, não fazer parte do mapa do país, tamanho é o menosprezo que sofre na área esportiva, muito mais na futebolística.
Há 40 anos em Rondônia, dos quais 30 anos na imprensa esportiva – 20 deles em O Estadão do Norte, que nos proporciona liberdade de expressão aos nossos pensamentos que visem atender a expectativa do leitor e da sociedade rondoniense.
Não, não dá para aceitar calado ver essa banda passar sem ao menos sugerir aos governantes e detentores do poder idéias que se tornem promissoras a uma coletividade.
Por fim, sugiro: se é para construir um estádio novo para 15 ou 20 mil torcedores, sabe lá quando, com o estado precisando desembolsar de 15 ou 20 milhões, vamos ampliar o Aluízio Ferreira – está em área privilegiada, no centro comercial. Se for preciso se fazer uma campanha, estarei disposto a isso. Para o futebol crescer, devemos começar por um estádio aceitável e apresentável. Chega de ociosidade, mãos aos planejamentos, às parcerias, aos convênios. Ou esquecemos ser Porto Velho a única capital no país que não possui um estádio de futebol! Não precisa nem citar o nosso visinho estado do Acre com dois estádios de fazer inveja a qualquer rondoniense, construído com verba do estado, CBF, Ministério do Esporte e outras parcerias.
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