ACORDOU
O Ministério Público de Rondônia (MP/RO) pediu à justiça, o afastamento da Prefeita de Guajará-Mirim, Raissa Bento, do marido dela, Antônio Bento, atual secretário de obras, e da chefe de gabinete, Ana Michele Silva. A promotoria acusa a gestora municipal pelo crime de improbidade administrativa.
NOMEAÇÃO
O pedido do MP é baseado na atitude da prefeita Raissa, que teria nomeado de forma ilícita, a prima Ana Michele e o marido Antônio Bento, praticando assim crime de nepotismo.
SEM DOCUMENTOS
A denúncia afirma que Antônio Bento foi nomeado sem apresentar certidões negativas que são exigidas na hora da entrega da documentação para o RH.
CONDENADO
Antônio Bento, que já foi cassado quando prefeito de Guajará-Mirim, está com o título eleitoral suspenso. Existe uma decisão judicial que suspendeu os direitos políticos de Bento por 8 anos, o que impede sua nomeação em cargos públicos.
JEITINHO
Conforme o MP, para tornar legível o esposo no poder público, a prefeita Raissa, “inventou” um decreto permitindo que os comissionados apresentassem as certidões no prazo de 90 dias.
DE FATO
A promotoria do MP também argumenta que Raissa deu o cargo de Secretário de Obras ao marido, para que ele administrasse o município, mesmo sendo inelegível.
PEDIDO
O Ministério Público pede que a justiça suspenda os direitos políticos de Raissa, no período de três a cinco anos e pagamento de multa no valor de R$ 187 mil, que corresponde dez vezes o valor dos salários recebidos pelos denunciados.
OUTRO LADO
A assessoria da prefeitura de Guajará-Mirim não respondeu às mensagens da coluna.
CASSAÇÃO
Pelos lados da Assembleia Legislativa de Rondônia também parece estar chegando no limite a permanência dos deputados Aelcio da TV e Edson Martins. O corregedor da Assembleia, deputado Ezequiel Neiva, notificou os dois parlamentares na quinta-feira,24. Ambos tem cinco dias úteis para se manifestar.
CASSAÇÃO 2
O deputado Edson Martins é acusado de improbidade administrativa em processo licitatório no período em que foi prefeito de Urupá. Aélcio foi condenado pela Justiça Eleitoral por abuso do uso de meios de comunicação durante a campanha eleitoral de 2018.
REFORMA
No quilômetro 220 da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, no distrito de Abunã, o antigo prédio da estação está sendo preparado para reforma. E não é nenhum órgão do Patrimônio Público que está à frente do trabalho.
NEGOCIOU
Construído em 1953, o local foi invadido por uma pessoa que afirma ter comprado o imóvel e pretende usá-lo como ponto comercial.
ADORMECIDOS
Como nenhum responsável pelo Patrimônio Histórico de Rondônia, muito menos do Brasil, se importou com a situação, tá lá o dito cujo “trabalhando” pra deixar tudo bem bonito.
OBRA
O prédio da estação de Abunã foi construído em alvenaria de tijolo e concreto armado, tendo piso de mosaico, pastilha e cimento, coberto com telhas de fibrocimento.
PONTO
A estação tinha sala de espera e de telefone, agência, telégrafo, sanitários, armazéns de carga e bagagem, com área coberta de aproximadamente 350m2.
ESTRATÉGIA
A estação de Abunã foi um importante ponto de parada no trajeto da ferrovia. Era um local onde os viajantes passavam a noite antes de seguir viagem. Era também um ponto de encontro entre os trens, que se cruzavam justamente naquela estação.
RESPONSABILIDADE
A Constituição Estadual, artigo 264, diz que o patrimônio da EFMM foi tombado e o acervo ficou pertencente ao Governo de Rondônia, que deveria ser o responsável pela conservação de todo o acervo da ferrovia.
OUTRO LADO
Até o fechamento da coluna, o Governo de Rondônia não enviou uma nota sobre o assunto que estaria sendo elabora pela assessoria de comunicação.
DEDUÇÃO
É muito fácil de entender porque ainda não houve barulho sobre esse problema na antiga estação do Abunã. Como não há nenhuma Usina envolvendo o dano, ninguém vai atrás.
DEDUÇÃO 2
A rapidez para algumas coisas só ocorre quando existe a chance da Lei de Gerson. Se houvesse uma mínima possibilidade de enfiar a mão em um cofre graúdo, já haveria uma fila grande de gente “preocupada” com o dano ao Patrimônio Histórico.
BOTUCATU
Eu conheci a antiga estão de trem de Botucatu, em São Paulo. É impressionante o zelo e a conservação do local que recebe inúmeros visitantes.
BOTUCATU 2
No antigo saguão de espera, um mural com muitas fotos retrata a história da ferrovia. Servidores da prefeitura trabalham na estação, nos ambientes que 50 anos atrás eram usados pelos funcionários da ferrovia.