O documentário “Saberes Nambiquaras: Tradição Cultural na Produção da Chicha e Beiju” foi exibido gratuitamente em escolas de Vilhena (RO) e na Comunidade Quilombola de Santa Cruz, em Pimenteiras do Oeste (RO). A iniciativa ampliou o acesso à produção audiovisual regional e destacou os saberes tradicionais do povo indígena Nambiquara.
Coordenada pela produtora cultural Andressa Machado, a obra registra práticas ancestrais ligadas à produção da chicha, bebida fermentada de milho, e do beiju, alimento à base de mandioca. As gravações ocorreram na comunidade indígena Sabanê, envolvendo as aldeias Sowaintê e Capitão Kina, localizadas na zona rural de Vilhena.
Com duração de 14 minutos, classificação livre e recursos de acessibilidade, como interpretação em Libras e legendas, o curta apresenta a relação entre alimentação tradicional, identidade cultural e transmissão de conhecimentos entre gerações do povo Nambiquara.
As exibições aconteceram na Escola Estadual Deputado Genival Nunes da Costa, em Vilhena; na Escola Estadual Inácio de Castro, na Comunidade Quilombola de Santa Cruz, em Pimenteiras do Oeste; e na aldeia Sowaintê, em Vilhena. Segundo a coordenação do projeto, cerca de 500 pessoas participaram das sessões presenciais.
Após cada exibição, o público participou de rodas de conversa mediadas por um sociólogo, promovendo debates sobre cultura indígena, preservação da memória coletiva, diversidade cultural e o papel da educação no reconhecimento dos saberes tradicionais.
De acordo com Andressa Machado, a chicha e o beiju possuem importância central na organização social dos Nambiquara, estando associados a momentos de convivência, celebrações e rituais, além de representarem conhecimentos transmitidos ao longo de séculos.
O documentário foi contemplado pelo Edital nº 1/2024/SEJUCEL-SIEC – Lei Paulo Gustavo, no Eixo II – Curtas-Metragens, Categoria C (Curta Documental inédito de 10 a 15 minutos). A produção também está disponível no YouTube, onde já soma quase 300 visualizações.
A iniciativa contou com apoio da Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel) e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Paulo Gustavo, e teve participação direta da comunidade indígena Sabanê na construção do conteúdo audiovisual. O documentário pode ser visto pelo link
https://www.youtube.com/watch?v=n3k2bq0CkvE&t=4s