GANGAÇO NOVO E EU NUNCA: Duas séries perfeitas para se divertir em casa – Por Marcos Souza

Final de semana é aquele momento de relaxar, curtir uma programação para desestressar, seja saindo de casa ou, no caso de a pessoa ser mais caseira, assistir a um filme ou série nos serviços de streaming

GANGAÇO NOVO E EU NUNCA: Duas séries perfeitas para se divertir em casa – Por Marcos Souza

Foto: Divulgação

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Final de semana é aquele momento de relaxar, curtir uma programação para desestressar, seja saindo de casa ou, no caso de a pessoa ser mais caseira, assistir a um filme ou série nos serviços de streaming. Eu vou dar duas dicas bem legais de séries, com ênfase na primeira: "Cangaço Novo", destaque da Prime Video que fez um grande sucesso quando foi lançada em 2023. Para quem não assistiu ainda, coloque na sua agenda: é uma das mais caprichadas produções nacionais já realizadas.
 
A segunda temporada vai chegar em 2026 e contará com reforço no elenco, com novos nomes como Marcélia Cartaxo e Xamã.
 
A outra dica é uma série que se tornou um fenômeno na Netflix em 2020, "Eu Nunca...". Ela mostra a vida escolar e familiar e se destaca pela diversidade, apresentando os problemas cotidianos de três adolescentes: uma indiana, uma asiática e uma negra. Tem um humor natural, e a duração de cada um dos 10 episódios é, no máximo, meia hora. Fácil de ver e muito, muito divertida.
 
Acompanhe:
 
 
CANGAÇO NOVO:  Que surpresa maravilhosa é a série "Cangaço Novo", uma produção brasileira da Amazon Prime Video, lançada em 2023, cuja produção é dirigida por Fábio Mendonça (Vale dos Esquecidos) e Aly Muritiba (Deserto Particular), e conta a história de Ubaldo (Allan Souza Lima), um ex-militar expulso do Exército que foi trabalhar como bancário. Ele mora em São Paulo com seu pai adotivo (Ricardo Blat).
 
Quando seu pai é internado em estado grave em um hospital público, Ubaldo é demitido do banco onde trabalha. Com poucos recursos, ele descobre que tem direito a uma herança de família no sertão cearense uma terra deixada por seu pai biológico.
 
Sem pensar muito e desesperado, ele resolve voltar às origens de sua família, que abandonou ainda quando era criança, para tentar vender a terra que lhe cabe.
 
Ao chegar na cidade de Cratará, ele reencontra suas duas irmãs sendo uma delas muda, Dilvânia (Thainá Duarte), e a outra, Dinorah (Alice Carvalho), integrante de um grupo de assaltantes e descobre que não vai ser fácil voltar com dinheiro para São Paulo. Até mesmo porque ele, Ubaldo, é filho de um famoso bandido/herói da cidade já falecido numa emboscada que se tornou uma lenda, até religiosa, na região.
 
Averso à sua história de origem, Ubaldo enfrenta a ira e o desprezo de sua irmã Dinorah, que busca um motivo para matá-lo.
 
Logo Ubaldo, em uma série de ações contrárias à sua decisão, acaba se envolvendo com o grupo de bandidos de sua irmã, que assalta bancos nas cidades vizinhas sem poupar violência e audácia.
A série tem oito episódios de uma hora de duração cada, que passam muito rápido.
 
 
É uma produção feita com esmero e notável apuro técnico. Irrepreensível, com tudo funcionando desde as tomadas com planos abertos e panorâmicas até a edição primorosa (que coloca o espectador dentro da ação com planos-sequência de tirar o fôlego) e uma trilha sonora de MPB maravilhosa Ney Matogrosso, Belchior e Milton Nascimento.
 
Os diretores Fábio Mendonça e Aly Muritiba filmam de forma direta, ação contínua e sem enrolação. O roteiro é caprichado e conta a história de forma linear, porém utiliza o recurso do flashback na abertura de cada episódio, filmado em preto e branco dando um peso dramático clássico, pois são nesses momentos que vamos conhecer o passado do menino Ubaldo e de seu pai biológico.
 
É um microcosmo do Brasil pincelado num cangaço novo e que promove, algumas vezes, um banho de sangue e adrenalina nunca vistos da forma como são mostrados, às vezes em cenários naturais da caatinga que se tornam personagens com uma fotografia caprichada e linda.
 
 
"EU NUNCA...": Essa série, que se encontra no catálogo da Netflix, é uma delícia de assistir. São 10 episódios, cada um variando de 22 a 30 minutos, e dá para rir, se emocionar e amar.
 
Sim, é mais uma série de adolescentes que vivem pequenos dramas pessoais e familiares enquanto cursam a high school (o ensino médio estadunidense), com aquela velha e contumaz diferença entre os descolados (alunos populares) e os ignorados (geralmente nerds e CDFs). Mas o que conta aqui é a diversidade: os personagens centrais são de cultura indiana, e os coadjuvantes são negros ou descendentes de orientais, com destaque para três adolescentes protagonistas.
 
E a história é simples: Devi é uma adolescente de 17 anos (idade real da atriz canadense descendente de indianos Maitreyi Ramakrishnan), filha única, que, após o trauma de perder o pai na sua estreia como musicista da escola, tocando harpa ele sofre um ataque cardíaco durante o espetáculo (não é spoiler, isso ocorre no início do primeiro episódio) divide a casa com sua mãe autoritária, Poorna (Nalini Vishwakumar), que tenta ser presente para preencher a lacuna deixada pelo pai.
 
 
O conflito das duas é um dos muitos pontos interessantes da série. Mas o legal é que os episódios são amarrados com situações inusitadas e com uma narração irônica e perfeita. A voz é do aposentado e campeão jogador de tênis John McEnroe, que pontua alguns dos momentos mais engraçados dos episódios.
 
Devi tem duas amigas quase inseparáveis: a japonesa Eleanor (Ramona Young), que quer ser atriz mas é reprimida pela mãe, e a negra Fabíola (Lee Rodriguez), uma gênia da robótica que vive um conflito sexual ao se apaixonar por uma colega lésbica. Sim, e tem sua prima mais velha, linda e perfeita, Kamala (Richa Moorjani), que vem morar com ela e sua mãe e desperta uma certa birra porque é adorável e acha que não tem defeitos o estereótipo da jovem indiana tradicionalista.
 
O desejo de Devi é perder a virgindade com o atlético e descolado Paxton Hall-Yoshida (Darren Barnet), seu objeto sexual dos sonhos mais quentes, e quer fazer isso imediatamente, não medindo esforços para se oferecer a ele na cara dura. Porém, ela vai trilhar uma via-crúcis para conseguir seu intento, até mesmo suportar os ataques de seu rival de estudos na sala de aula, o rico e boçal Ben Gross (o ótimo Jaren Lewison).
 
Nos dez episódios são mostradas as idas e vindas de Devi, sua relação com os amigos, seus conflitos internos. Seu pai é sempre presente em suas lembranças em momentos-chave de sua vida com bom humor.
 
A série mostra alguns conflitos, mas não são pesados; são situações emocionais de fácil identificação, onde você sabe que vão ser resolvidas. A curiosidade é saber como e quando. São clichês que são recontados com uma identidade moderna e atualíssima, onde, num mundo de dramas, o humor salva algumas situações.
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