LUTO: Morre o cofundador do Memorial Rondon, roteirista Mário César

Ele era carioca e conduziu vários projetos culturais em Rondônia, com destaque ao filme “O Rio da Dúvida”

LUTO: Morre o cofundador do Memorial Rondon, roteirista Mário César

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

A partida de Mário César Cabral Marques, um batalhador do cinema brasileiro e cofundador do Memorial Rondon, deixa um vazio não apenas no coração da cultura de Rondônia, mas em todo o tecido da memória nacional.

 

Mário César, um visionário das telas e das letras, encerrou sua última cena neste sábado,09/03, aos 73 anos, no Rio de Janeiro. O adeus ocorreu no Cemitério Catumbi, onde seu corpo foi velado e sepultado, mas sua essência permanecerá imortalizada em cada quadro, cada palavra, cada gesto que dedicou à arte e à preservação da história.

 

Sua contribuição ao Memorial Rondon, em Porto Velho, é inestimável, com mais de 400 peças que narram a epopeia do sertanista. E sua paixão pelo projeto da exposição permanente “Rondon Marechal da Paz” prometia ser a joia da coroa na Casa de Rondon, um antigo posto telegráfico em Vilhena (sul de Rondônia), que ele sonhava transformar em um santuário de cultura e história.

 

 

O filme “O Rio da Dúvida”, uma cinebiografia rodada nas terras de Rondônia em 2017, é um testamento de sua maestria, aclamado e laureado em festivais internacionais. Mário, ao lado de sua esposa Patrícia Civelli, filha do pioneiro cineasta ítalo-brasileiro Mário Civelli, geriu a empresa Memória Civelli com um compromisso histórico, guardando os tesouros deixados pelo Marechal Cândido Rondon.

 

 

Em setembro de 2022, Mário recebeu homenagens da Superintendência Estadual de Cultura, em Porto Velho, e realizou uma visita técnica à Casa de Rondon, em Vilhena. Naquele dia 27, seu aniversário de 71 anos, ele celebrou a vida e o trabalho, entrelaçados em uma mesma trama de dedicação e amor.

 

Recentemente, Mário expressou-se sobre a perda de Irmã Beth Myky, uma neta de Rondon, lamentando que com ela se ia uma parte significativa da memória histórica. Agora, com a partida de Mário, ecoa um sentimento similar: um homem de sonhos e projetos, de uma disposição incansável para a realização, nos deixa.

 

Sua vida foi um compromisso ético e estético com o Brasil, uma busca incessante pela verdade através da arte. Mário articulava com o governo e a iniciativa privada meios para viabilizar grandes projetos. Suas motivações era a cultura, acima de tudo. Ele era um homem que encontrava poesia na história, na música, na literatura, e em todas as formas de expressão artística. O entusiasmo e a alegria com que falava empolgava a todos.

 

Na última conversa que tive com Mário, há apenas quatro dias, ele falou com fervor sobre o papel da indigenista Irmã Beth e sobre seu próprio trabalho, “O Rio da Dúvida”, que ele descrevia como um “documento definitivo” sobre a saga de Rondon e Roosevelt. Ele via seu filme como um “trabalho cinematográfico histórico com um olhar poético”, uma definição que, talvez, melhor encapsula o legado e a vida de Mário César Cabral Marques: um poema em movimento, uma narrativa viva, um compromisso com a arte e a história. 

Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Você é a favor do fim da escala 6x1?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

L de Souza LTDA

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS