FOTOGRAFIA: Kim Pires Leal confirma livro-álbum com Rondônia de antigamente

"O leitor encontrará nesse livro a alma de um personagem irriquieto", Montezuma Cruz

FOTOGRAFIA: Kim Pires Leal confirma livro-álbum com Rondônia de antigamente

Foto: Kim Pires Leal

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Capital e interior estão presentes nas fotos inéditas feitas há décadas. Diferentes rincões de Rondônia aparecem à frente da lente do repórter fotográfico goiano Kim-Ir-Sen Pires Leal, que por aqui andou entre o final dos anos 1970 e início dos 80. Seus eslaides estavam bem guardados, mas a falta de recursos o impedia de produzir um bom livro. Agora, o sonho será realidade: pela Lei Rouanet, o livro com fotos da Rondônia antiga está na reta final e deve sair brevemente.


Avenida 7 de Setembro, avistando-se o Cine Brasil; um pequeno armazém de compra de café, castanha e borracha na principal avenida de Cacoal; três meninas na sala de uma casa em Tabajara; o barbeiro trabalhando na área da casa em Colorado do Oeste; a índia Cinta-Larga com o filho no colo – entre outras fotos – fazem parte do livro.

 

 

A empresa patrocinadora é a Energisa, que a cada ano seleciona obras valiosas para publicação. Com o apoio da produtora Raissa Dourado, Kim Leal passa agora à edição de fotos e diagramação.


Ao todo o repórter produziu aproximadamente seis mil eslaides, e cuja conservação lhe tirou muitas noites de sono em Goiânia. Pelo menos 260 serão publicados no livro. Mesmo temendo a perda do acervo pela ação do tempo, ele não desistiu e agora vai colher os frutos desse esforço. Da mesma forma, a população de Rondônia encontrará nas bibliotecas públicas e na internet o conteúdo dessas fotos e um pouco da saga de Kim.


Esse repórter especial, um dos fundadores da saudosa Agil Fotojornalismo – criminosamente incendiada em Brasília no período ditatorial nos anos 1980 – reúne histórias fantásticas nos sertões do Brasil central e na Amazônia Ocidental Brasileira. Na parte que nos toca certamente o seu acervo de Rondônia servirá para estudos das velhas e novas gerações.

 

 

É a antropologia fotográfica falando alto neste Terceiro Milênio e nos levando a comemorar a prática do bem em tempos tão conturbados, nos quais seres humanos blasfemam, fecham os olhos a atrocidades, se acham donos da verdade e veem nas guerras uma mórbida realização.


Quatro anos atrás, quando reencontrei Kim, em Goiânia, recebi dele o convite para auxiliar na produção do livro, identificando momentos da captura de tão ricas imagens. Mais recentemente, já consolidada essa fase, ele encontrou Raissa Dourado, e ela, autora do excelente documentário "Vozes da Memória" em Porto Velho veio coroar o esforço de cada um, tornando-se também partícipe de obra tão significativa.


O leitor encontrará nesse livro a alma de um personagem irriquieto. Kim recusava propostas milionárias e numa delas, perdeu o emprego no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) porque, logo no início havia se licenciado para ir a Mato Grosso fotografar cerimônias do velório e sepultamento de um ancião indígena. Acontece que tais cerimônias demoraram mais de um mês, e ao retornar a Brasília lá se foi a oportunidade.


Essa e outras serão relatadas no livro que vem aí.


Daquele moço que vi andando a pé nas ruas de Porto Velho em 1976 veio para mim, bem mais tarde, a oportunidade de ser parceiro no livro que certamente irá engrandecer bibliotecas e museus, além de povoar a web com retratos da realidade rondoniense desde o período intensamente migratório.
Aguardemos, porque boa coisa virá.

 

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