A decisão do deputado Jesuíno Boabaid de pedir análise do processo referente ao orçamento deste ano da Sejucel prejudicou o andamento do processo com os recursos que seriam investidos na festa. O Governo também não conseguiu patrocínio junto a iniciativa privada
Foto: Divulgação
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A falta de recursos levou o Governo a anunciar o cancelamento do tradicional Arraial Flor do Maracujá, previsto para ocorrer no mês de novembro, após ter sido adiado por três vezes este ano.
Primeiro, a Sejucel não conseguiu patrocínio junto as empresas, que alegaram estar saindo de uma crise financeira por conta da pandemia do Coronavírus e não tinham como fazer o investimento.
Sem dinheiro da iniciativa privada, o Governo decidiu empregar recursos próprios por meio de uma suplementação orçamentária.
Jesuíno Boabaid
Tudo estava correndo dentro dos trâmites, segundo o presidente da Federação de Grupos Folclóricos de Rondônia (Federon), Fernando Rocha, não fosse deputado Jesuino Boabaid pedir vistas do orçamento deste ano da Sejucel, impossibilitando o andamento do processo dentro do prazo previsto para a liberação do valor a ser investido na execução da festa. O processo ainda se encontra na Assembleia Legislativa.
Para piorar ainda mais a situação, a Sejucel mudou de dirigente por duas vezes este ano desde que foi acertado a data de realização do evento. Fernando declarou que a atual superintendente, Camila Ribeiro, teve boa vontade em resolver a questão, mantendo contato com várias pessoas, se reunindo com a Federon, mas dependia da liberação da Assembleia.
Investimento
O investimento para fomentar as indumentárias, os shows e a premiação dos grupos seria R$ 922 mil, fora a estrutura física para a realização do arraial – que estava em outro edital.
Fernando explicou que a festa sempre foi realizada pela Federon com apoio do Governo, no entanto, desde 2009 a Sejucel decidiu assumir a execução do Flor do Maracujá.
Ansiosos para realizarem a festa após dois anos sem ter o Flor do Maracujá, os dirigentes dos 43 grupos de quadrilhas e bois-bumbás de Rondônia já vinham ensaiando as coreografias e produzindo as fantasias. “Estão todos tristes e desanimados”, afirma Fernando, relatando a falta de respeito para com a cultura.
Mas, segundo o presidente da Federon, a Sejucel garantiu que os recursos que não foram usados este ano já estão assegurados para 2023. Sendo assim, a festa poderá ser realizada dentro do calendário anual de eventos, ou seja, em junho.
O Rondoniaovivo tentou contato com a Sejucel, mas até o fechamento do material, não conseguiu.
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