O acervo conta uma boa parte da história de Rondônia em seus vários aspectos
Foto: Divulgação
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Uma parceria entre o jornal Rondoniaovivo e o Museu da Memória Rondoniense, através do Centro de Documentação, vem tornando possível o acesso a publicações históricas do tradicional jornal O Estadão do Norte, um dos principais do Estado no período em que o jornalismo impresso era maioria entre os veículos de comunicação.
O acervo foi doado pelo jornalista e diretor geral do Rondoniaovivo, Paulo Andreoli, as edições capa dura que estavam quase perdidas quando o jornal fechou as portas fazem parte desse arquivo histórico.
Essa verdadeira biblioteca de um período importante da história de Rondônia estava, inicialmente, com o jornalista Claúdio Paiva, um veterano do jornalismo rondoniense, que resgatou o material da sede do antigo jornal. Ele contactou a jornalista Jassara Gottlieb que falou com Paulo Andreoli sobre o acervo, sendo providenciado um local até a entrega para o museu.
A digitalização iniciada há um ano e meio tem o apoio do Instituto Federal de Rondônia (Ifro-RO). O Museu da Memória vem recuperando exemplares de edições dos jornais Alto Madeira, Diário da Amazônia, A Tribuna, O Estadão de Rondônia (depois “do Norte”), O Guaporé, O Parceleiro. O AM, mais antigo, tem exemplares das décadas de 1910 em diante. O Ifro utiliza a mesma plataforma na informatização de memória e pesquisa.
MAPA
“Por enquanto, a pessoa que quiser saber da história do começo de Porto Velho e da chegada da ferrovia, poderá vir conversar com a gente”, disse Aline Maira, diretora do museu. O órgão funciona no térreo do antigo palácio Getúlio Vargas.
Graças à recuperação de impressos, foi possível também resgatar a íntegra de decretos de tombamentos publicados no antigo Diário Oficial do Estado, que agora também é digital. São estes os decretos de tombamentos: nº 3179, de 10 de fevereiro de 1987: castanheira do Estádio Aluízio Ferreira; nº 9993, de 25 de junho de 2002: Presépio Monumental Permanente da Paróquia São Tiago Maior Apóstolo; nº 3125, de três de dezembro de 1986: Capela Santo Antônio de Pádua, todos em Porto Velho.
Segundo Aline Maira, os mapas originais terão que permanecer agora dobrados, pois assim se encontravam desde a sua confecção, e corriam o risco de deterioração. O papelão substituiu o plástico na maioria da guarda de documentos em armários.
A mapoteca do museu é riquíssima. Uma das plantas mostra a estrutura de uma locomotiva tipo Pacific, fabricada pela empresa The Baldwin Locomotive Works para a Madeira-Mamoré Railway Company. Outra planta com o reconhecimento topográfico do traçado da Ferrocarril Guayaramerín-Riberalta (Bolívia) detalha as pontes de ferro construídas pelos ingleses no trajeto da Madeira-Mamoré. Ela é assinada pelo engenheiro encarregado E. B. Karnoff, em escala ¾.
A professora de história Leidiane Felske, do Ifro em Ji-Paraná, é uma das mais assíduas frequentadoras do museu. Ela viaja com seus alunos de ônibus para estudar etnias, sempre as quintas e sextas-feiras.
CORDEL
O cordel também está presente no Centro de Documentação. Trata-se do velho folheto impresso de literatura popular em verso, gênero escrito frequentemente na forma rimada, originado em relatos orais.
No Centro, o visitante encontra exemplares impressos, com os seguintes títulos: A Festa do Divino Espírito Santo, Os índios de Rondônia, O seringueiro de Rondônia, O Forte Príncipe da Beira, O Tratado de Petrópolis, Porto, Saudosa Porto, Tereza Benguela, Barbadianos – Vivências de um pertencimento.
Aline Maíra pede que se alguém souber de algum exemplar do cordel História Regional do Vestibular que, por favor, leve-o ao museu para reprodução.
MUSEU DA MEMÓRIA RONDONIENSE
● Visitas podem ser feitas de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 17h. O Museu fica na Rua D. Pedro II, no antigo Palácio Presidente Vargas.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!