POESIA - Portão de Escola – Por Francisco Marquelino Santana

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Foto: Divulgação

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Neste portão não vou ser assassinado
Este cigarro só sepulta meu saber
Seu conteúdo não quero usar nem vender
Não quero ser um adulto revoltado
Nunca serei pelas drogas dominado
E amarei minha pátria com razão.
Construirei os degraus da educação
Com livro na mente e pão na sacola
Deixem em paz o portão de minha escola
E não destruam os filhos desta nação.
 
Não serei aliciado por bandido
Que destrói minha alma, meu pudor
Que a república escute meu clamor
E não deixe meu ensino corrompido
O portão ele está desprotegido
E já virou comércio ambulante
O indelinquente chega todo elegante
Oferecendo presentes e cocaína
Depois crack, dinheiro, heroína
E em silêncio ele adota um estudante.
 
Que a prática do crime organizado
Não destrua a vida, a escola e o lar
Que na vida eu possa feliz estudar
E desfrutar do melhor aprendizado.
Que amanhã nunca seja condenado
A viver pelas drogas dependente
Que o poder público seja mais eficiente
E construa no meu país dignidade
Que no portão eu entre com liberdade
E estude numa escola includente.
Direito ao esquecimento

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